Mesmo com a proximidade do fim do período chuvoso em Campo Grande, as autoridades de saúde continuam preocupadas com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zikavírus e chikungunya. Apenas este ano, pelo menos 460 casos dessas doenças foram notificados na Capital.
Uma das formas de combate ao Aedes aegypti é a pulverização de inseticida, mais popularmente chamado de fumacê. A nuvem de fumaça espalhada pelas ruas e residências tenta matar o mosquito para evitar que mais gente contraia as doenças.
No Brasil, o inseticida utilizado no fumacê é o malathion, cuja distribuição é feita somente pelo Governo Federal, que compra o produto e distribui para os Estados, que repassa aos municípios.
Durante a sessão desta terça-feira (6), o vereador William Maksoud (PMN) encaminhou à Prefeitura solicitações de que o fumacê percorra com mais frequência os bairros da Capital, especialmente o São Jorge da Lagoa e o Jardim Morenão, onde moradores têm narrado a presença frequente de mosquitos.
O parlamentar lembra que a orientação à população é abrir portas e janelas quando o veículo passar pela rua. Assim, as gotículas do inseticida chegarão até o interior da residência, onde normalmente o Aedes aegypti se abriga. Vale ainda cobrir com plástico ou tecido gaiolas de pássaros; lavar com água e sabão os bebedouros de animais após a aplicação do inseticida; e manter-se longe do veículo enquanto estiver realizando os trabalhos.
A aplicação do inseticida visa atingir, principalmente, as fêmeas do mosquito causador das doenças.
Mesmo com a redução de 95% dos casos confirmados de Dengue em 2017, conforme gerência Técnica de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), é preciso que a população se mantenha vigilante. Os ovos do Aedes aegypti são bem pequenos (medem cerca de 0,4 mm) e adquirem resistência ao ressecamento muito rápido. Aproximadamente 15 horas após a postura eles já são capazes de resistir a longos períodos de ressecamento, podendo ficar até 450 dias no seco.