Em agosto, 57,8% das empresas industriais sul-mato-grossenses apresentaram estabilidade na produção, no mês anterior esse resultado era de 51,4%. Já as empresas que apresentaram crescimento responderam por 21,9% do total, contra 31,4% no último levantamento, indicando uma acomodação no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de julho e agosto, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 64 empresas no período de 2 a 12 de setembro.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse desempenho refletiu no índice de avaliação da produção, que fechou o mês em 50,1 pontos. “Esse índice indica que, na média geral, a produção industrial sul-mato-grossense ficou estável na comparação com o mês anterior”, declarou.
Sobre a ociosidade nas indústrias, Ezequiel Resende informa que ela diminuiu novamente, mas ainda segue em patamar elevado. “Em agosto, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 25%, contra 27% no mês anterior. Já o índice de utilização da capacidade instalada fechou o mês em 47,2 pontos, ficando praticamente estável em relação ao último levantamento”, detalhou.
Ele completa que, contudo, resultados abaixo dos 50 pontos indicam que o desempenho foi inferior ao que era esperado para o período. “A Sondagem Industrial mostrou que, em agosto, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 29,7% dos respondentes, igual ao usual para 51,6% e acima para 15,6%”, informou.
ÍNDICE
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, o economista detalha que, em setembro, 37,5% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 11% preveem queda, enquanto as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 51,6% do total.
Ainda em setembro, 21,9% das empresas responderam que esperam aumentar o número de empregados nos próximos seis meses, enquanto 4,7% apontaram que esse número deve cair e 71,9% responderam que manterão o quadro de funcionários estável. Já sobre as exportações, 6,3% das empresas esperam aumento, mesma participação foi observada em relação aos que acreditam que deva ocorrer queda, enquanto 12,5% preveem estabilidade e 73,4% das empresas disseram que não exportam.
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em setembro o índice ficou em 54 pontos, contra 55,2 pontos no mês anterior. O resultado foi influenciado, em boa medida, pelo crescimento na participação das empresas que provavelmente não farão investimentos nos próximos seis meses, que aumentou de 35,7% para 37,5% do total. “Vale destacar também a queda ocorrida na participação das empresas que disseram que certamente investiriam nesse período, que saiu de 8,6% para 7,8%”, disse Ezequiel Resende.
CONFIANÇA
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em setembro 62,5 pontos contra 61 pontos no mês anterior, indicando aumento de 1,5 ponto. O resultado foi influenciado pela expectativa de melhora em relação à economia brasileira, sul-mato-grossense e no desempenho da própria empresa nos próximos seis meses a partir de setembro.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems revela que o atual resultado se encontra 8,1 pontos acima do anotado em setembro do ano passado e 7,5 pontos acima da média histórica registrada para o mês. Além disso, conforme ele, 7,8% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 10,9% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais também estão piores para 9,4% dos respondentes.
Ele completa que para 64,1% dos empresários não teve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 60,9% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 57,8%. “Para 21,9% dos empresários, as condições atuais da economia brasileira melhoraram e, em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 20,3% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 25,0%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 6,3%, 7,8% e 7,8%, respectivamente”, destacou.
EXPECTATIVAS
Em setembro, 4,7% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira e, em relação à economia estadual e ao desempenho da própria empresa, o pessimismo também foi apontado por 4,7% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 37,5%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 35,9% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 28,1%, informou o economista.
Ezequiel Resende reforça que 53,1% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado também ficou em 53,1% e, no caso da própria empresa, 59,4% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 4,7%, 6,3% e 6,3%, respectivamente”, finalizou.