O encontro de encerramento da 1ª Escola de Mecânica dos Fluídos Ambiental no Brasil aconteceu nesta sexta-feira (12) na Águas Guariroba. Professores, técnicos e acadêmicos do Brasil, Chile, Malásia e África do Sul se reuniram na concessionária para uma visita técnica e conheceram de perto a aplicação da mecânica de fluídos ambientais ao saneamento. Esta é a segunda vez que a Escola acontece na América Latina e a primeira vez no país. O evento foi promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
De acordo com o professor Fabio Veríssimo Gonçalves, da UFMS, o que os participantes acompanharam na Águas Guariroba, com apresentação de palestra e exposição do Centro de Controle Operacional (CCO), traz na prática muito da bagagem teórica que é desenvolvido na academia. “Isso que a gente viu hoje na concessionária, sobre o controle de perdas, a preocupação e manutenção do sistema operacional e o conceito básico do movimento da água nas tubulações é o que desenvolvemos em projetos na universidade”, comenta.
A Escola de Mecânica dos Fluídos Ambiental trouxe para Campo Grande os maiores expoentes do assunto no Brasil e no mundo para dar um curso que pudesse melhorar o entendimento sobre o princípio básico da hidráulica. “Para nós é importantíssimo porque é um tipo de escola que acontece há alguns anos na Europa. É a segunda vez na América Latina, a primeira vez no Brasil. É importante ressaltar que a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul teve uma força substancial de trazer cursos tão importantes para cá”, pontua. Seguindo o modelo das Escolas já realizadas pela Associação Internacional de Engenharia e Pesquisa Hidro Ambiental (IAHR), o curso combina teoria, experimentos e aplicações, envolvendo aulas teóricas, aulas de campo e visitas técnicas.
Para o professor Veríssimo, a parceria entre universidade e Águas Guariroba proporciona inovação além da academia. “Muito do que a gente estuda precisamos, em vários momentos, de dados reais para que nossos modelos matemáticos sejam mais robustos e que posteriormente a gente possa colocar isso para a sociedade ou para as empresas. Então, a parceria com a Águas é exatamente isso: ter o contato com os dados reais para que a gente possa modelar corretamente os nossos cálculos matemáticos e depois entregar um produto ou um sistema computacional ou um novo sistema de tratamento ou coisa parecida e com uma maior confiabilidade e realidade”, comentou.