Em um quadro de poucas mudanças desde julho, o ex-presidente Lula (PT) segue à frente na disputa eleitoral pela Presidência da República. Se a eleição fosse hoje, o petista teria 44% do total de votos no 1º turno, em um cenário em que o atual ocupante da cadeira, Jair Bolsonaro (sem partido), ocuparia a segunda posição, com 26% das intenções de voto. Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9%, João Doria (PSDB), com 4%, e Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 3%. Há 11% que votariam em branco ou nulo, e 2% não opinaram.
No início de julho, o mesmo cenário trazia Lula com 46%, e Bolsonaro, com 25%, ou seja, a distância entre eles caiu três pontos no período. A vantagem do petista sobre o atual presidente, que é de 18 pontos percentuais na média da população, sobe para 25 pontos entre as mulheres (47% a 22%), para 29 pontos entre os jovens de 16 a 24 anos (50% a 21%), para 31 pontos entre os menos escolarizados (52% a 21%), para 34 na parcela dos mais pobres (54% a 20%), para 27 pontos entre assalariados sem registro (50% a 23%) e para 36 pontos entre desempregados (55% a 19%).
Essa vantagem sobe ainda para 28% entre católicos (50% a 22%), para 37 pontos entre pretos (57% a 20%) e para 45 pontos na região Nordeste (61% a 16%). O segmento no qual Lula aparece mais distante de seu principal adversário, porém, é o formado por homossexuais e bissexuais, no qual o petista aparece com 66%, ante 7% de Bolsonaro. Entre os homens, a vantagem do ex-presidente sobre o atual cai para 11 pontos (42% a 31%), e fica abaixo da média entre os mais escolarizados (36% a 27%), na faixa de renda de 2 a 5 salários (37% a 31%), aposentados (40% a 30%), regiões Sudeste (37% a 28%), Sul (38% a 34%) e brancos (34% a 31%).
DESVANTAGENS
O petista tem desvantagem entre brasileiros com renda mensal familiar de 5 a 10 salários (25% a 42%), entre quem tem renda superior a 10 salários (23% a 42%), no segmento de empresários (19% a 51%). Na parcela evangélica da população, a diferença entre os dois candidatos é de quatro pontos (34% a 38%). Na pesquisa de intenção de voto espontânea, em que os nomes dos possíveis candidatos não são apresentados aos brasileiros, Lula é citado por 27% (ante 26% em julho deste ano), e Bolsonaro por 20% (eram 19% no último levantamento).
Seis em cada dez brasileiros (59%) não votariam de jeito nenhum em Jair Bolsonaro para presidente em 2022. O mandatário lidera a lista de rejeição dos presidenciáveis consultados, e em patamar mais baixo, em segundo está Lula, em quem 38% não votariam. A rejeição a Bolsonaro atinge 64% entre as mulheres, 70% entre os mais jovens, 67% entre brasileiros que se declaram pretos, 79% entre homossexuais e bissexuais e 70% entre moradores do Nordeste.
Nas simulações de 2º turno para a disputa presidencial, Lula vence todos os adversários com quem é confrontado, e Bolsonaro perde para todos. No embate entre o petista e o atual presidente, Lula tem 56% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. Há ainda 13% que votariam em branco ou nulo, e 1% não opinou. Na comparação com julho, o petista oscilou para baixo (tinha 58%), Bolsonaro ficou estável (tinha 31%) e aumentou o percentual de brancos e nulos.