O velho prédio projetado por Camilo Boni e construído entre 1928 e 1935, na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras, tem muitas e ricas histórias para contar a quem investiga a ocupação urbana de Campo Grande ou aos que vasculham os traços memoriais mais significativos do lugar. Já foi a primeira sede do Banco do Brasil na cidade. E como guardião fiel de tesouros, o prédio é desde 1975 a Casa do Artesão.
No domingo (19), depois de dois anos de portas fechadas por causa do serviço de reformas, a Casa foi reinaugurada. Uma grande e concorrida festa levou artistas, culturetes, autoridades e centenas de populares ao local. “Nós temos identidades estaduais que necessitam ser preservadas e conhecidas, que precisam ser visitadas e ter sua história contada para todas as gerações”, disse o governador Eduardo Riedel.
Para ele, investimentos dessa natureza não só preservam a memória, vão mais longe no plano da sustentabilidade humana. “Conservar um prédio que tem a história e a finalidade da Casa do Artesão é um investimento que reafirma o respeito às certidões culturais de Mato Grosso do Sul”, frisou. O investimento, no caso, foi a decisão do governo estadual, que desembolsou R$ 2,5 milhões do orçamento do Programa ‘Retomada MS’.
Quem for à renovada Casa do Artesão encontrará duas mil peças de aproximadamente 800 artistas. Seus trabalhos são comercializados e a renda é um auxílio substancial. O secretário estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda, destaca o peso da obra como forte atrativo turístico e cultural priorizado no programa de governo.