Ativismo político e social abordado por meio da música, com muita delicadeza e sensibilidade. É o que o público presenciou no domingo (5), durante o show de lançamento do primeiro CD de Marina Peralta, “Agradece”. Realizado com apoio da Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o show trouxe 12 músicas autorais da cantora a uma plateia que lotou a Concha Acústica Helena Meirelles.
Antes de Marina subir ao palco, dois atores, Alessandra e Marcos Gautto, distribuíram flores coloridas de papel para a plateia e recitaram trechos de músicas da cantora e citações sobre os direitos dos povos indígenas, violência contra a mulher, todos temas de músicas apresentadas por Marina.
Logo depois, sob os gritos da plateia, a cantora começa o show com seu estilo próprio, conversando com a plateia. Marina disse estar emocionada, e a primeira música saiu com a voz levemente embargada. Aos 23 anos de idade, grávida de sete meses de uma menina, ela disse que cantar com sua filha no ventre é mais difícil, porém, “é uma delícia”.
Durante o show houve a venda do CD, camisetas e adesivos. Os amigos Lauren Cury e Gleiton Berbet tiveram uma participação especial no show. Gleiton tocou sua flauta transversal durante a música “Viajante” e Lauren cantou com Marina a música “Ela encanta”. “Somos amigos pessoais, além de serem grandes artistas”, diz a compositora.
Marina disse que um dos sentidos de sua arte é que, pelo fato de ser mulher, ela procura sentir o empoderamento feminino, “para que outras mulheres também sintam”. Ela integrou, desde o início de sua carreira, coletivos que lutam pelos direitos das mulheres, dos indígenas, por uma melhor educação, todos temas que podem ser observados nas letras de suas músicas.
O CD pôde ser gravado por meio da colaboração de seus fãs e amigos. Um trabalho espiritualizado, ativo, atual. Que resiste e que busca profundidade nas relações. Marina é uma pessoa de muita fé, militante e feminista. No show, foi acompanhada pelo guitarrista Douglas Almeida, o baterista Anédio Japão, baixista Daniel Jah Rebel, o tecladista Alex Domingos, o percussionista Felipe Ceará e o trombonista Claudio Dedo.
Na plateia, o casal Adriana Campos, analista, e Rajiv da Costa, funcionário público, vieram acompanhar a filha, Thayná Campos, 18 anos, estudante de psicologia. O casal só conhecia a cantora de nome e já acompanharam apresentações dela em barzinhos, mas num show, foi a primeira vez. Já a filha, Thayná, já conhecia Marina, ficou sabendo do show pelo facebook e entrevista na imprensa local. “Participamos do coletivo ‘Até quando’, que luta pela reforma das universidades. Curto muito as músicas, ela é muito legal”.
Depois de voltar ao palco por duas vezes para o bis, Marina encerrou o show com agradecimentos à sua família, aos amigos presentes, a Deus e a todos que contribuíram com o show e a gravação do seu primeiro CD. E o público foi para casa com gostinho de “quero mais”. (Assessoria)