Para homenagear as mulheres pela sétima arte, o MIS (Museu da Imagem e do Som) exibe três filmes de diretoras, com produções local, nacional e internacional. As exibições serão feitas de 9 a 11 de março, sempre às 17h, com entrada franca.
Amanhã (10) será exibido o documentário “Dona Helena” (55 minutos) dirigido pela cineasta Dainara Tofolli, o documentário conta a história da talentosa violeira sul-mato-grossense, nascida em Bataguassu (MS). Helena Meirelles tocava viola desde os nove anos. Helena foi de um tempo em que só homens tocavam instrumentos musicais, inclusive o que ela tanto gostava, a viola. Mas ela não desistiu e aprendeu a tocar o instrumento escondida e sozinha. Tocou muito em comitivas de boiadeiros e até em prostíbulos. Analfabeta e autodidata, só foi descoberta depois dos 67 anos. Seu estilo foi elogiado pela revista americana Guitar Player, que a incluiu na lista dos 100 melhores guitarristas do mundo, ao lado de Eric Clapton e Roger Waters.
Já a produção nacional “Que horas ela volta” (1h15min), dirigido por Anna Muylaert, gravado em 2005, terá sua exibição no dia 11/03 (quinta-feira) e conta a história da pernambucana Val (Regina Casé) que se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir a São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente pela casa dos patrões a situação se complica.
E no dia 11 (sexta-feira), o longa metragem internacional “As sufragistas” (2015- 1h40) que foi gravado no Reino Unido e dirigido pela cineasta Sarah Gavron, narra o início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, onde as mulheres ainda não possuíam o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.
Para a coordenadora do MIS, Marinete Pinheiro, o espaço reservado às mulheres na cinematografia ainda é muito pequeno, “os filmes que serão exibidos foram feitos por elas, como forma de homenagear a todas as mulheres”.
Serviço: Os filmes serão exibidos de 9 a 11 de março, às 19h no MIS (Museu da Imagem e do Som) localizado na Av. Fernando Correa da Costa, 559, no 3º andar. A entrada é de graça. (Assessoria)