O Tenente Ícaro Tomazini, Oficial de Treinamento, ressalta a significância, “os alunos estão tendo contato com a parte de prevenção e combate a incêndios florestais”
Em meio a uma densa nuvem de fumaça, futuros soldados do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) vivenciam um cenário simulado de incêndio florestal, aprimorando suas habilidades em um ambiente controlado que reflete os desafios que enfrentarão em missões reais de combate ao fogo.
Com chamas baixas tremulando em meio à vegetação verde e úmida, os treinandos criam aceiros – faixas de terra que impedem a propagação do fogo. Trabalhando em uníssono, entoam um canto ritmado enquanto aplicam batedores no solo, extinguindo o incêndio.
Apesar do ambiente controlado, os treinandos enfrentam desafios significativos:
- Carregar equipamentos pesados: O peso das ferramentas de combate ao fogo cobra seu preço dos soldados.
- Fumaça densa: A visibilidade é severamente prejudicada, dificultando sua movimentação e coordenação.
- Racionamento de água: O suprimento limitado de água exige um gerenciamento cuidadoso durante longas operações de combate ao fogo.
A Soldado Trainee Izabelle Delaterra destaca as demandas físicas e os obstáculos logísticos que encontram: “As maiores dificuldades que estamos encontrando é carregar os materiais, que são muito pesados, fazer a confecção e a manutenção deles. No combate tem a fumaça, que é muito densa e acaba dificultando o nosso deslocamento. O racionamento de água também, porque a gente tem que transportar tudo que vamos comer ou beber durante o percurso, e são longos quilômetros combatendo o fogo. Isso tudo dificulta o nosso desempenho e a logística em si dos alunos para se adaptar a situação e fazer o combate de forma eficiente.”
O Soldado Trainee Luan Amorim enfatiza a aplicação prática do seu treinamento: “Tivemos muitas instruções teóricas, de manuseio de abafadores, várias ferramentas utilizadas nesse ambiente. E agora podemos executar, aplicar de forma prática, é muito importante para futuramente podermos exercer a atividade com eficiência. É interessante saber que de forma conseguimos entrar num ambiente que é hostil, difícil e arriscado, mas aplicando todas essas atividades de forma correta, usando os EPIs, conseguimos efetivamente o resultado que é apagar os incêndios florestais.”
A simulação oferece um ambiente seguro para os treinandos aprenderem e aplicarem técnicas de combate ao fogo. Essas habilidades serão essenciais para o sucesso de futuras missões e a segurança das equipes envolvidas.
O Tenente Ícaro Tomazini, Oficial de Treinamento, ressalta a significância, “os alunos estão tendo contato com a parte de prevenção e combate a incêndios florestais. Eles tiveram toda a parte teórica, fundamentos, e participam pela primeira vez da prática, com a situação controlada e simulada de incêndio real. Eles têm que ter essa noção, sentir um pouco da proximidade da situação real para que depois saibam o que poderá ocorrer nas operações reais.”
O treinamento equipa os soldados para enfrentar incêndios florestais em todos os diversos biomas do estado: o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica.
Ana Brites, Bombeira Militar e especialista em combate a incêndios florestais, “a ideia é a gente simular uma situação real de incêndio em vegetação, então eles têm contato com a dificuldade de terreno, ambiente, fumaça, calor. Coisas que até então os alunos não têm essa vivência e quando se formarem, já tendo esse contato prévio, vão estar muito mais capacitados.”
Tenente-Coronel Tatiane Inoue, Diretora de Proteção Ambiental, Enfatiza o Investimento. “Esta ação de capacitação das noções de combate a incêndio florestal para os alunos soldados é de suma importância e é mais uma etapa do investimento do Estado de Mato Grosso do Sul na capacitação dos nossos profissionais. Assim que formados eles já podem estar a pronto emprego nas atividades de proteção ao meio ambiente. Esse ambiente controlado é para a gente fazer a capacitação e eles entenderem a técnica, mas chegando mais próximo do que é a realidade.”