A suspeita, ex-namorada de Leandro Coelho, segue foragida seis meses após o crime
O tatuador Leandro Coelho, que ficou cego após um ex-esposa jogar soda cáustica na cabeça dele em um ataque, perdeu o olho direito após transplante. A vítima aguarda na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para colocação de uma prótese. A suspeita do crime, Sônia Obelar Gregório, está foragida há seis meses.
Ele contou que a operação para retirada do órgão ocorreu há cerca de um mês e meio.
“Quando fiz o transplante todos acharam que eu tinha recuperado minha visão, mas a verdade é que nunca voltei a enxergar. Hoje, com o olho que tenho, vejo vultos, mas nada que dê para identificar”.
Sobre a vida após o crime, ele diz que a adaptação real nunca acontece, mas conseguiu ressignificar o que lhe ocorreu através da religiosidade. “Hoje consigo enxergar coisas que eu não enxergava quando tinha visão. O que me fortalece é Jesus e fé eu tenho de sobra”.
Tanto que à sua algoz, o rapaz deseja, além de justiça feita, que ela encontre o caminho de luz percorrido por ele agora. “Desejo que um dia ela se converta”. Sônia Obelar Gregório, 41 anos, tem mandado de prisão em aberto sob acusação de ter jogado ácido no rosto de Leandro na noite do dia 22 de fevereiro deste ano.
Eles foram casados, aliás, no papel seguem em matrimônio, conforme o tatuador, que tenta divórcio judicialmente. Atualmente ele mora com a namorada que estava à época do crime. “Para mim, somos casados”, define.
Ajuda
Diante da nova realidade, Leandro não pode mais tatuar e, segundo conta, não recebe auxílio do governo. Nos planos está a abertura de uma loja para vender eletrônicos e erva de tereré, porém ainda não há recursos para isso.
Sem renda, ele havia aberto uma rifa com 200 números que até agora está incompleta. “Faltam uns 50 ainda”. Quem quiser ajudá-lo pode mandar qualquer quantia via pix (67) 9 9195-0347.