Valor a ser cobrado de usuários, no entanto, ainda depende da prefeitura
O valor foi aprovado em reunião entre a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg ) e representantes do Consórcio Guaicurus.
A reunião foi marcada para apresentar os cálculos referentes ao reajuste da tarifa de ônibus.
O Consórcio Guaicurus, na sessão, alegou várias vezes que o valor seria insuficiente para manutenção da frota, mas aceitou o que foi proposto e garantiu planejar um novo acordo de reajuste aos motoristas de ônibus, evitando a greve de sábado (21).
Ontem, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul (TRT/MS), a Agereg apresentou já havia anunciado que o valor da tarifa técnica deveria ser de R$ 5,80.
Segundo o diretor-presidente, Odilon de Oliveira Júnior, o próximo passo agora é o encaminhamento do acordo para a prefeitura e assim decidir a tarifa que será paga pelos usuários.
Contudo, a Prefeitura ainda está buscando por mais subsídios, com o intuito de reduzir o aumento da tarifa, a qual se encontra em R$4,40. Ainda segundo Odilon, a tarifa paga pela população “provavelmente” será de R$ 4,75. Contudo, a decisão final é da Prefeitura.
Segundo Robson Strengari, representante do Consórcio Guaicurus, com esse valor de R$5,80, embora não seja o ideal na visão da empresa, é possível “fazer alguma melhoria” na estrutura dos ônibus. “Com essa tarifa de R$5,80, nós vamos receber em torno de R$14 milhões. Se você multiplicar R$7,80 por 2,5 de passageiros pagantes, dá R$19 milhões. Tem uma grande diferença aí de valor. A AGEREG só levou em consideração os dados contábeis, não os econômicos”, alegou Robson Strengari.
Impasse e paralisação
A indefinição do valor da tarifa do transporte coletivo para este ano também tem causado impasse entre o Consórcio Guaicurus e motoristas.
Isto porque os motoristas cobram reajuste salarial, enquanto o Consórcio afirma que, para negociar, é necessário que a prefeitura defina o valor da passagem.
A indefinição do reajuste salarial que provocou a paralisação desta quarta-feira (18), e é esta mesma indefinição que pode fazer com que o sistema de transporte pare, em uma greve, na semana que vem.
Para que o Consórcio considere um reajuste, o desembargador e vice-presidente do TRT, Tomás Bawden, propôs aos motoristas um aumento de 10%, sendo 8% retroativo a novembro, e reajustes de 1% nos meses de maio e setembro.
Novas paralisações só vão poder ser realizadas a partir de sábado (21), respeitando todos os mandamentos da lei de greve, como, por exemplo, o mínimo para garantir a circulação da frota.
A porcentagem não foi definida, já que a Prefeitura pediu 90% da frota circulando, mas o sindicato informou que deixará apenas 30%.