Kethelly fez a prova prática no dia 27 de janeiro pelo Centro de Formação Guaicurus
A professora Kethelly Thais de Oliveira Magalhães, de 27 anos, foi a 1ª a receber a Carteira Nacional de Habilitação por meio do programa CNH Social. A entrega foi feita nesta segunda-feira (6) pelo governador Eduardo Riedel, na sede do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Mãe de um filho de 5 anos, ela aprendeu a pilotar na autoescola, ainda não tem motocicleta, mas já conquistou a habilitação categoria A e sonha em ter uma vida mais tranquila. “É a minha mobilidade, para ir para o trabalho, para levar meu filho ao médico, para buscar ele na creche também. Como sou professora da Educação Especial, eu vou muito para a periferia. Pego ônibus cinco e meia da manhã no Mário Covas. Aí eu já posso sair um pouquinho mais tarde para deixar meu filho na creche”, disse.
O CNH MS Social vai beneficiar 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social com acesso gratuito à primeira habilitação, nas categorias A, B e AB, em um investimento de R$ 16 milhões, considerando que o custo médio do processo de retirada de cada CNH é de R$ 3,2 mil. Todo o processo de habilitação, incluindo gastos com a autoescola (aulas teóricas e práticas) e até o recolhimento das taxas do órgão de trânsito são custeadas pelo Governo do Estado.
Riedel lembrou que os beneficiários têm que passar pelo mesmo processo e enfrentar o mesmo rigor para conseguir a habilitação que qualquer outra pessoa. “Para a Kethelly, a nova CNH é sinônimo de liberdade, autonomia e independência. Eu acho que isso é um projeto que traz para pessoas como a Kethelly a capacidade de agregar renda e, principalmente, liberdade, no trabalho dela, no ir e vir, e sabemos como é complicado em uma cidade grande”, afirmou o governador. Ela disse ainda ter a intenção de ampliar o programa.
O diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade, destacou a necessidade do programa. “Foi um trabalho intenso. Foram 5 mil selecionados. Setenta mil se inscreveram. Olha só o tamanho da demanda reprimida. Hoje foi a vez da Kethelly. Todo o processo de habilitação dela, que hoje custa de R$ 3 mil a R$ 4 mil foi custeado pelo Governo do Estado. Não é um processo fácil. Para receber a habilitação tem que fazer exame médico, psicológico, teórico, prático”, disse.