Valor considera todas as fontes de renda, incluindo programas sociais e aposentadorias
O ano de 2023 foi marcado por um crescimento significativo no rendimento médio dos sul-mato-grossenses, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (19).
Os números indicam que o rendimento médio mensal real domiciliar por pessoa no estado atingiu R$ 1.990 em 2023, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Esse valor representa o recorde da série histórica da pesquisa e supera a média nacional de R$ 1.764.
A massa de rendimento mensal domiciliar por pessoa também acompanhou a tendência positiva, alcançando R$ 5,6 bilhões, o valor mais alto desde 2012 e um crescimento de 7% em relação a 2022. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento do rendimento médio habitualmente recebido de todos os trabalhos, que totalizou R$ 295,6 bilhões em 2023, também o maior valor da série histórica.
Em 2023, a proporção de pessoas com algum tipo de rendimento em Mato Grosso do Sul chegou a 64,3%, o que significa que 1,8 milhão de pessoas tinham renda. Esse número representa o 8º maior do país e um aumento em relação a 2022.
Vale destacar que, além do crescimento do rendimento do trabalho, que beneficiou 50,4% da população residente, houve também um aumento na parcela da população com renda proveniente de outras fontes, como aposentadoria, pensão e aluguéis, que chegou a 22,3%. Essa diversificação das fontes de renda contribuiu para o aumento do rendimento médio geral.
O crescimento do rendimento em Mato Grosso do Sul foi superior à média nacional em 2023. Enquanto o estado teve um aumento de 6,5%, o país como um todo registrou alta de 5,2%. Na comparação com 2019, o ano de referência antes da pandemia, o rendimento dos sul-mato-grossenses cresceu 5,1%, enquanto a média nacional teve um aumento de 3,8%.
Apesar dos resultados positivos, ainda existem desafios a serem superados, como a desigualdade na distribuição de renda. O estudo do IBGE revela que os 10% mais ricos da população de Mato Grosso do Sul concentram 42,3% da renda total, enquanto os 10% mais pobres detêm apenas 2,1%.
Mesmo com esses desafios, os dados da PNAD Contínua demonstram que a economia de Mato Grosso do Sul está em um bom momento, com crescimento no rendimento médio da população e diversificação das fontes de renda. As perspectivas para o futuro são positivas, com a expectativa de que o estado continue crescendo e se desenvolvendo nos próximos anos.