O Projeto “Sementes do Taquari” é uma iniciativa ambiciosa que visa reflorestar uma área total de 6 mil hectares de solo degradado no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, localizado entre os municípios de Costa Rica e Alcinópolis em Mato Grosso do Sul. Considerado o maior projeto de recuperação ambiental em unidade de conservação do Brasil, o objetivo é plantar até 2 milhões de árvores ao longo de seis anos, com 270 mil mudas já plantadas neste ano.
- Ações de recuperação do solo estão em andamento, incluindo terraceamento de base larga, caixas de contenção e muvuca de sementes, visando reduzir a perda de solo e estabilizar taludes.
- Plantio de espécies nativas: Já foram plantadas cerca de 51 espécies nativas do cerrado, como ipê, bálsamo, angico e aroeira, priorizando 20% de plantas frutíferas para alimentar animais silvestres (baru, pequi, jenipapo, jatobá).
- Redução da erosão: O plantio de mudas e técnicas de conservação do solo já resultaram em uma diminuição de quatro vezes no volume de sedimentos nos rios, segundo o Imasul.
- Retorno da biodiversidade: O monitoramento indica o retorno de animais silvestres à área, um indicador positivo da qualidade ambiental.
- Parcerias: O projeto conta com o apoio de instituições e empresas privadas, como a ONG Oreades, Cargil, ATVOS, Adecoagroe Prosolo.
O diretor-presidente do Imasul, André Borges, visitou o projeto na quinta-feira (28) para acompanhar o andamento das atividades e os resultados obtidos até o momento. A visita incluiu áreas onde foram realizadas curvas de nível, muvuca de sementes e plantio de mudas nativas, além de áreas degradadas em processo de recuperação. Ele esteve acompanhado pela chefe do parque, a fiscal ambiental Martha Gilka.
A meta é atingir 260 hectares cultivados com mudas até o final do ano. O projeto seguirá em andamento nos próximos seis anos, com o objetivo de alcançar a meta total de reflorestamento de 6 mil hectares.
O “Sementes do Taquari” é um projeto de grande importância para a preservação ambiental da região, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas, a proteção dos recursos hídricos e a promoção da biodiversidade.
O projeto serve como um exemplo de iniciativa bem-sucedida de reflorestamento em larga escala, demonstrando o potencial de parcerias entre o governo, instituições e empresas privadas para alcançar objetivos ambientais ambiciosos.
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou a importância da iniciativa que mostra o esforço do Governo do Estado em recuperar o rio Taquari a partir de intervenções nas suas nascentes, evitando que sedimentos sejam carreados para o leito do rio e provoquem o assoreamento no trecho em que atinge a planície pantaneira. “Este é o maior projeto de recuperação ambiental em unidade de conservação do Brasil, uma iniciativa que partiu da nossa equipe técnica e está alinhada com o Prosolo”, afirmou Verruck.
Outro ponto importante lembrado pelo secretário é que o projeto pode representar uma nova etapa na meta do Estado em se tornar Carbono Neutro em 2030. “Nosso objetivo além da recuperação do solo e evitar o assoreamento dos rios é trabalhar com o crédito de Carbono. Estas regiões elas têm um potencial enorme de gerar créditos de carbono também. Nosso objetivo é a questão ambiental mas também criar outras alternativas de geração de renda com sustentabilidade”, concluiu.