Em Assembleia Geral realizada ontem (8), em Campo Grande, os professores da rede municipal de ensino rejeitaram por unanimidade, na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) a proposta apresentada pela Prefeitura de Campo Grande para reajuste salarial 2022.
De acordo com o presidente da ACP, Lucílio Nobre, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) apresentou uma proposta para a categoria, porém, abaixo do que estava sendo esperado. “Os mais de 2 mil educadores reunidos aqui hoje rejeitaram a proposta do Executivo Municipal que propõe conceder abono de natureza indenizatória, no percentual de 6,29%, aplicado sobre a remuneração de servidor PH2A. O índice equivale a menos de 200 reais de aumento para todos os profissionais do quadro do magistério da Reme”, calculou.
Conforme Lucílio, um Termo de Compromisso foi assinado pelo prefeito em 2021, no qual ficou decidido que em fevereiro de 2022, o piso salarial dos professores da REME, com carga horária de 20h semanais, sofreria reajuste de 33,23%, aumentando o salário base para R$ 3.845,34.
“Nós salientamos ao prefeito que a luta da ACP é para que a prefeitura cumpra integralmente a lei do piso 5.411/2014, conforme termo de compromisso assinado por ele com a categoria. Nesse sentido, é fundamental que a categoria se mantenha alerta e mobilizada para as próximas convocações do sindicato”, reforçou o presidente.
Na votação de ontem contudo, os professores aprovaram uma contraproposta, que pede 33,24% já para o vencimento de março/2022, o que corresponde a 73,37% do piso deste ano. “Tenho que citar que é vergonhosa a proposta que o prefeito está oferecendo, menos de R$ 200 de abono. Além disso qualquer prefeito que entrar pode retirar o abono dos professores”, esclareceu