Porsche que matou motoboy vai a leilão; motorista responde por homicídio culposo
O trágico acidente que tirou a vida do motoboy Hudson de Oliveira Ferreira, em Campo Grande, ganha um novo capítulo. O Porsche Cayenne, veículo envolvido na colisão que resultou na morte do entregador, será leiloado por determinação judicial. A decisão visa garantir um possível ressarcimento à família da vítima e evitar a deterioração do veículo. Ele teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa e responde ao processo em liberdade.
O acidente na noite de 22 de março, Hudson, após realizar uma entrega, foi atingido pelo Porsche Cayenne conduzido por Arthur Torres Rodrigues Navarro, filho de um empresário local. O impacto da colisão foi violento, causando ferimentos graves no motoboy, que não resistiu e faleceu dois dias depois.
pós o acidente, o motorista do Porsche fugiu do local sem prestar socorro à vítima. Dias depois, ele se apresentou à polícia e alegou não ter percebido a gravidade da situação. No entanto, testemunhas e imagens de segurança contradizem sua versão.
Arthur Torres foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por omissão de socorro. O Ministério Público denunciou o motorista, que teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e responde ao processo em liberdade.
A juíza Eucelia Moreira Cassal levou em consideração um futuro ressarcimento mínimo de danos e afirmou que o veículo não poderia ser restituído ao pai de Arthur. Para “evitar deterioração ou depreciação” do Porsche, a juíza autorizou a alienação antecipada do veículo, ou seja, ele vai a leilão. A decisão foi no dia 29 de novembro.
O acidente – Na noite de 22 de março, Hudson tinha acabado de fazer entrega em um prédio, quando foi atingido pelo Porsche de Arthur. O motoentregador ainda conseguiu mandar áudio para a esposa, pedindo socorro. “Vem ligeiro, vida. Acabou com minha perna, acabou”.
Arthur Torres Rodrigues Navarro só se apresentou à polícia no dia 5 de abril e disse que não percebeu o que havia ocorrido. Ele foi indiciado por homicídio culposo e evasão do local sem prestar socorro. Em outubro, o Ministério Público pediu R$ 500 mil de indenização por danos morais e materiais para a família de Hudson de Oliveira Ferreira. –