Estações de monitoramento nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão com cotas abaixo do normal
O cenário apresentado no boletim de monitoramento hidrológico da Bacia do Rio Paraguai é preocupante e exige atenção redobrada por parte das autoridades e da sociedade. A persistência das chuvas abaixo da média e a consequente queda dos níveis dos rios representam um grave problema com impactos socioambientais significativos.
A seca na Bacia do Rio Paraguai é um fenômeno que se prolonga há alguns anos, com impactos cada vez mais intensos na região.
As cotas dos rios estão significativamente abaixo da média histórica, com projeções indicando que a situação pode se agravar ainda mais nos próximos meses.
A seca impacta diretamente a vida das comunidades ribeirinhas, a agricultura, a pecuária, a pesca e a biodiversidade do Pantanal.
As projeções indicam que, neste ano, podem ser registradas cotas negativas em Ladário a partir deste mês de agosto, conforme explica o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna.
“Mesmo que até setembro chova a média para o período, o ano hidrológico (outubro/2023 a setembro/2024) vai acumular menos chuva do que em 2021, quando aconteceu a segunda pior seca do histórico e o rio chegou na cota de -60 cm. Em 1964, o Rio Paraguai chegou à cota de -61 cm”.
A última cota registrada na estação de Ladário foi de 35 cm, enquanto a média histórica é de 4,08 m. Na estação do Forte Coimbra, no município de Corumbá, a cota está na marca de -80 cm, sendo que a média é de 3,66 m. Já em Aquidauana, o nível está na cota de 1,55 m – a média é 2,62 m. Confira a previsão para os próximos dias.