Em 2022, 19 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul, diagnosticados com Leishmaniose Visceral Humana, segundo boletim epidemiológico divulgado recentemente pela SES (Secretaria de Estado de Saúde).
De acordo com os dados, 344 casos foram classificados como suspeitos, sendo 152 com diagnóstico positivo para Leishmaniose. A letalidade é de 12,5%, com aumento de 50% se comparado ao ano de 2021.
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma doença infecciosa parasitária sistêmica grave, com ampla distribuição mundial. No Brasil, é endêmica nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país.
A análise conjunta dos últimos dez anos evidencia uma tendência de alta no número de casos, tanto dos suspeitos como dos confirmados, como podemos observar no gráfico.
Para prevenir a disseminação desta doença, a população deve eliminar materiais orgânicos e evitar acúmulo de umidade nos quintais, usar coleira impregnada com repelente nos cães (Deltametrina 4%), instalar telas de malha fina nas portas e janelas das residências e nos canis, individuais ou coletivos, além de utilizar medidas de proteção individual, como, por exemplo, repelentes.
Os cães são os principais reservatórios da doença.
Cabe destacar que o tratamento dos animais não é considerado uma medida de saúde pública para o controle da doença sendo, portanto, de livre escolha e custeado totalmente pelo tutor do animal.