João Pedro da Silva Miranda Jorge é réu pela terceira vez por acidente bêbado no trânsito
O médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, teve o habeas corpus concedido pela justiça na tarde desta quinta-feira (13), mediante uso de tornozeleira eletrônica e pagamento de fiança de 100 salários mínimos, ou seja, R$ 132 mil.
Caso a família realize o pagamento, o médico pode deixar o Centro de Triagem, onde está preso desde o dia 8 de junho, em Campo Grande, ainda hoje. Ministério Público havia se manifestado contra, em decisão que saiu no dia 29 de junho.
De acordo com a Justiça, João Pedro não poderá frequentar bares, boates e casas noturnas, e deverá permanecer em casa das 20h às 6h, assim como nos feriados e fins de semana.
No entanto, João Pedro deve ter a pena aumentada pela morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos. Ela estava em um carro com o filho, de 3 anos, e o médico fugiu do local, se apresentando à polícia três dias depois.
A 2ª Câmara Criminal votou por unanimidade na quarta-feira (11), pelo recurso do Ministério Público para que ele também responda por embriaguez ao volante.
Apenas 61 metros separam os dois locais dos acidentes ocasionados por João Pedro da Silva Miranda Jorge, que estava bêbado nas duas vezes. Em junho, o médico foi preso por provocar acidente de trânsito enquanto estava embriagado. Já em 2017, João foi condenado por matar a advogada Carolina Albuquerque Machado.
Histórico
O último acidente foi no dia 8 de junho. De acordo com o boletim de ocorrência, João Pedro dirigia uma caminhonete pela rua Doutor Paulo Machado e no cruzamento com a Arquiteto Rubens Gil de Camillo, atingiu a lateral de um veículo.
Com a batida, a condutora do segundo veículo envolvido, uma mulher, de 28 anos, sofreu lesões e foi socorrida encaminhada para a Santa Casa. A vítima recebeu alta horas após o acidente.
Segundo o registro policial, João Pedro estava com os olhos vermelhos e cheirava bebidas alcoólicas, mas se negou a fazer o teste do bafômetro. O homem foi preso em flagrante por dirigir bêbado.
Ainda segundo a polícia, o médico assinou um termo de constatação de embriaguez e foi levado algemado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.
Em novembro de 2017, em trecho próximo, na Avenida Afonso Pena, João Pedro provocou acidente que terminou com a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, e o filho dela de 3 anos gravemente ferido. O médico fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia três dias depois.
Por causa do impacto, a caminhonete capotou e o carro de mãe e filho parou a cerca de 100 metros de distância em um poste. Ela ia cruzar a avenida passando o sinal vermelho, segundo testemunhas. João estava na avenida Afonso Pena e atingiu o carro da advogada a 115 km/h.
Depois de um laudo detalhado e a análise de várias câmeras de segurança, a perícia constatou que Carolina furou o sinal naquela noite, mas se João Pedro não estivesse em alta velocidade, a colisão seria sem gravidade.
O médico chegou a ser preso, mas foi liberado depois de pagar R$ 50 mil de fiança. Ele só foi condenado pela morte da advogada em 2021; a pena foi de dois anos e 7 meses de detenção e recorre à Justiça.