Juiz aceitou denúncia do Ministério Público. Em novembro de 2017, o médico matou Carolina Albuquerque Machado em um acidente de trânsito
O médico João Pedro da Silva Miranda se tornou réu pela 3ª vez por dirigir embriagado. Ele foi preso no dia 8 de junho, depois de causar um acidente de trânsito no cruzamento entre a rua Doutor Paulo Machado e avenida Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.
A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi aceita pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5º Vara Criminal Residual. O médico agora responde por lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir a vítima.
Quando se envolveu no acidente, o médico estava com a CNH suspensa. A motorista do carro, de 28 anos, teve ferimentos e foi levada para santa casa com suspeita de fratura no quadril.
Conforme a denúncia do MP, João Pedro disse aos policiais que a vítima desrespeitou a sinalização do semáforo, o que teria provocado a batida. Contudo, circuito de segurança mostraram o contrário: foi o médico quem furou o sinal vermelho.
Ainda segundo a denúncia, os policiais militares que estiveram no local constataram que ele “apresentava nítidos sinais de embriaguez”, com “olhos vermelhos e exalando odor etílico”, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Testemunhas contaram ainda que ele estava “em alta velocidade e mal conseguia permanecer de pé, de modo que não possuía qualquer condição de socorrer a vítima, já que aparentava estar muito embriagado”.
A defesa do médico, Benedicto Figueiredo, classifica o acidente como uma fatalidade. Reforçou que o cliente prestou socorro à vítima e não se ausentou, colaborando com os agentes de segurança.
“Ele respondeu por um processo culposo, que permite que ele responda em liberdade, tendo em vista que a finalidade do processo, a pena, não será reclusão a ponto dele ficar em pena privativa de liberdade”, declarou.