Governo capacitou sistema de prevenção diante da previsão de até 4,2 milhões de casos no País este ano
Se for confirmado o alerta do Ministério da Saúde, segundo o qual o Brasil pode registrar entre 1,9 milhão a 4,2 milhões de casos de dengue este ano, o governo de Mato Grosso do Sul já está precavido, pronto para dar à população a mais necessária e qualificada cobertura. O governador Eduardo Riedel (PSDB) garantiu à Secretaria Estadual de Saúde (SES) todas as condições estruturais para atuar em situações normais e também nas de emergência.
A SES dispõe de eficiente estrutura operacional, com profissionais capacitados e logística para os serviços de acompanhamento, controle e mobilidade, como já ficou demonstrado nos dois anos desafiadores para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Além de assegurar serviços e medidas básicos, como as campanhas de mobilização, o governo dispõe de uma rede de parceria com todas as prefeituras, estabelecida na gestão municipalista, e envolvendo os diversos setores da sociedade.
APTIDÃO
Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros aptos a receber doses da vacina contra a dengue fornecida pelo Ministério da Saúde. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (25) e deverá atender 78 municípios do Estado, com exceção de Dourados – que já possui uma estratégia própria. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) aguarda o Ministério da Saúde informar o quantitativo de doses que serão encaminhadas para o Estado.
As iniciativas das prefeituras municipais na prevenção e combate à dengue e ao seu transmissor, o mosquito aedes aegypti, são reforçadas pelo apoio do governo estadual. E este suporte é ainda mais importante nas campanhas maciças visando à erradicação de doenças endêmicas. No caso da dengue, a novidade este ano será a imunização por meio de uma vacina a ser utilizada pela primeira vez no País. À frente da organização da campanha está Ana Paula Goldfinger, coordenadora de Imunização da SES.
Ela explicou que a secretaria segue as orientações do Ministério da Saúde e está preparada adequadamente para fazer a distribuição logo que chegarem as vacinas. Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, só um, o de Dourados, não entra no rateio da primeira remessa porque já recebeu sua parte graças a um convênio entre a prefeitura o fabricante.
O último boletim oficializado pela SES informa que de 1º a 20 de janeiro haviam sido registrados 1.019 casos prováveis (sob investigação) e 146 confirmados. Não houve qualquer óbito no período. Os prováveis englobam os casos que ainda não tem diagnóstico, os já confirmados e os ignorados. No balanço anual, 2023 foi o que registrou o maior número de ocorrências: 41.046, quase o dobro do ano anterior (21.328).
NO BRASIL
Nas quatro primeiras semanas do ano, o país já contabiliza um acumulado de 217.841 casos prováveis da doença. Há ainda 15 mortes confirmadas e 149 em investigação. A incidência é de 107,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a taxa de letalidade está em 0,9%. No balanço anterior, que englobava as três primeiras semanas de 2024, o país registrava 12 mortes e 120.874 casos prováveis da doença. Havia ainda 85 óbitos em investigação.
A distribuição da vacina contra a dengue para os 521 municípios selecionados pode começar na segunda semana de fevereiro. O Brasil recebeu no dia 20 a primeira remessa com cerca de 750 mil doses. O lote faz parte de um total de 1,3 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica Takeda. A segunda remessa, com 570 mil doses, tem previsão para ser entregue antes do final de fevereiro.