A morte da menina começou a ser julgada na 1ª Vara, mas no dia 31 de agosto o juiz Carlos Alberto Garcete se considerou suspeito por motivo de foro íntimo
Seis dias depois do caso Sophia mudar para a 2ª Vara do Tribunal do Júri, o juiz Aluízio Pereira dos Santos anunciou que vai derrubar o segredo de justiça do processo sobre o assassinato da menina de 2 anos. Com isso, as informações reunidas pelo Ministério Público, pela polícia e pela defesa da mãe e do padrasto da menina sobre o crime serão de acesso público.
Sophia Ocampo foi levada já sem vida até um posto de saúde de Campo Grande no dia 26 de janeiro deste ano. Horas depois, o padrasto dela, Christian Campoçano Leithein e a mãe, Stephanie de Jesus da Silva, foram presos pelo assassinato.
A menina morreu por causa de um traumatismo raquimedular em coluna cervical. A situação evoluiu para hemorragia interna, o que complicou o quadro de saúde da pequena Sophia.
O juiz explicou que apenas as fotos e vídeos vão ter o acesso restrito aos advogados, promotores e a ele próprio. O restante será liberado.
Com isso, detalhes da investigação sobre os maus-tratos vividos pela pequena na casa da mãe e do padastro devem chegar ao conhecimento da imprensa.
Mudança de vara
A morte de Sophia começou a ser julgada na 1ª Vara do Tribunal do Júri, mas no dia 31 de agosto o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida se considerou suspeito “motivo de foro íntimo” e mandou o processo para a 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Isso aconteceu porque no dia 19 de maio, Garcete suspendeu a audiência de instrução sobre a morte da menina Sophia Ocampo depois que um dos advogados de Christian Campoçano Leithein, o padrasto da menina, desrespeitou uma das ordens dada por ele.
A situação ganhou grande repercussão e virou uma reclamação contra o juiz no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).