Após 50 dias de tratamento intensivo, a felina resgatada com graves queimaduras é devolvida à natureza, trazendo esperança para a conservação da espécie
A onça-pintada Itapira, símbolo da resistência da fauna pantaneira, escreveu um novo capítulo em sua história. Após sofrer graves queimaduras em decorrência dos incêndios que devastaram o Pantanal, a felina foi resgatada e submetida a um tratamento intensivo de mais de 50 dias. Com a recuperação completa, Itapira foi devolvida ao seu habitat natural, levando consigo a esperança de uma nova vida e a admiração de todos que acompanharam sua jornada.
O processo de recuperação de Itapira foi possível graças à união de esforços de diversas instituições. O Ibama, o ICMBio, o CENAP e o Instituto NEX trabalharam incansavelmente para garantir que a onça recebesse os melhores cuidados médicos. A transferência para o Instituto NEX, referência em tratamento de felinos, foi crucial para a sua recuperação.
Para acompanhar a adaptação de Itapira à vida selvagem, um rádio-colar GPS foi instalado no animal antes de sua soltura. Com essa tecnologia, será possível monitorar seus movimentos e garantir que ela esteja se alimentando e se reproduzindo adequadamente.
A história de Itapira serve como um alerta para a importância da preservação do Pantanal e de suas espécies. Os incêndios que devastaram a região nos últimos anos causaram um impacto significativo na fauna e na flora, colocando em risco a sobrevivência de diversas espécies, incluindo a onça-pintada.
Infelizmente, a história de Itapira não é isolada. Outros animais também foram vítimas dos incêndios, como um filhote de onça-parda encontrado em um canavial próximo a Costa Rica e as onças Miranda e Antã, que também sofreram queimaduras graves. Enquanto Miranda se recuperou e foi solta na natureza, Antã, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu.
A recuperação e a soltura de Itapira representam um raio de esperança para a conservação da onça-pintada e para a recuperação do Pantanal. É fundamental que sejam adotadas medidas para prevenir novos incêndios e garantir a proteção desse ecossistema tão importante para a biodiversidade do Brasil.