Empresa iria concluir 40% do prédio, mas nova licitação será aberta para retomar serviços
A novela que se tornou a obra do Centro de Belas Artes, em Campo Grande, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (11). A Prefeitura rompeu contrato com a construtora contratada em agosto de 2022 para finalizar parte do projeto.
Segundo publicação no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta manhã, a contratação foi reincidida de forma unilateral com a Campana & Gomes Engenharia Ltda, após abertura de processo administrativo. A data de validação é 22 de fevereiro.
Ainda conforme publicado, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) tem R$ 111 mil a pagar à empreiteira. Um mês antes de a contratação ser oficializada, em 19 de agosto de 2022 já com a cidade sob o comando de Adriane Lopes (PP), o contrato com outra empresa havia sido rompido.
À época ficou estabelecido que a nova companhia tomaria frente da construção por R$ 3,9 milhões, porém não a concluiria por completo. Seria responsável por 28% do previsto em projeto. O prazo para entrega era de 12 meses.
Décadas
A obra, que inicialmente seria a Rodoviária de Campo Grande, começou em 1991 e se arrasta desde então. Até 2006 o responsável pelo projeto era o Governo de Mato Grosso do Sul, mas o bastão foi repassado à Prefeitura da Capital naquele ano.
A estrutura já tinha 15 anos de existência. O projeto arquitetônico moderno com 15 mil metros quadrados seria executado por partes. A primeira etapa foi em 2008, a partir de contrato de mais de R$ 6 milhões com a Mark Engenharia.
Em 2013, com 80% executado, a empresa não concluiu a obra por atraso nos pagamentos das medições realizadas e a gestão da época decidiu paralisar a obra. Lá se foram quatro anos de depredação e degradação natural do tempo.
A empresa entrou na Justiça cobrando os pagamentos. Em 2017, a gestão atual fez acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para continuar a obra. Nova licitação foi realizada em 2019 e em 2020, a empresa foi contratada.
Em maio de 2020, a Justiça suspendeu a obra em função da perícia a ser realizada para descobrir o que o município ainda devia à empresa que começou a obra. Então, a empresa licitada desistiu do contrato em função da defasagem dos valores da proposta.