Após anos de luta, a comunidade guarani-kaiowá de Dourados se aproxima da conquista de seu território ancestral
Após décadas de luta e resistência, a comunidade guarani-kaiowá de Dourados, liderada por Damiana Cavanha, está mais próxima de ver a demarcação de sua terra ancestral, a Apyka’i. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) instituiu um grupo técnico para realizar estudos complementares e consolidar o relatório de identificação e delimitação da área.
A portaria que autoriza a criação do grupo técnico foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (3). A equipe terá 180 dias para concluir os estudos e apresentar um relatório circunstanciado sobre a identificação e delimitação da terra indígena.
A Apyka’i, que em guarani significa “banquinho” ou “lugar de descanso”, é reivindicada pela comunidade guarani-kaiowá desde a década de 1980. Damiana Cavanha, falecida em novembro de 2023, foi uma das principais lideranças na luta pela demarcação da terra, enfrentando diversas dificuldades e perseguições ao longo dos anos.
A criação do grupo técnico representa um avanço significativo para a comunidade guarani-kaiowá, que por décadas viveu em condições precárias e foi submetida a diversos despejos. A demarcação da Apyka’i é fundamental para garantir os direitos territoriais e culturais dos indígenas e permitir que vivam de forma digna em suas terras ancestrais.
A demarcação da Terra Indígena Apyka’i é um passo importante para a reparação histórica e a garantia dos direitos dos povos indígenas no Brasil. A luta de Damiana Cavanha e de toda a comunidade guarani-kaiowá serve como inspiração para outras comunidades indígenas que lutam por seus direitos.