Consolidado como o mais tradicional festival de música de concerto de Mato Grosso do Sul, o Encontro com a Música Clássica chega a 10ª edição. Promovido pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo e Empreendimento e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e com a iniciativa de músicos eruditos, bem como de instituições parceiras como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o evento acontece de 24 a 31 de novembro em Campo Grande. O interior também será contemplado nas cidades de Corumbá, Bonito, Aquidauana, Miranda, Sidrolândia, Terenos, Jaraguari e Bandeirantes.
Para o maestro Eduardo Martinelli, diretor geral e artístico do festival, o que se pode destacar desse ano é o fato de se ter chegado a 10ª Edição e o crescimento do projeto, inicialmente, voltado a um público específico como acadêmicos do curso de música e profissionais da área. “Começamos em um teatro pequeno para cerca de 250 pessoas e já nas primeiras edições fomos surpreendidos com muitas pessoas a procura dos concertos, o que nos levou ao Teatro Glauce Rocha que tem mais de 700 lugares”, destacou.
A aceitação do público resulta do caráter eclético do festival, que ao longo dos anos promoveu diversos “encontros”. Da música clássica com a música latina, regional, infantil e folclórica. “Tivemos a viola caipira, a viola de cocho, interação com audiovisual, o steel drums (tambor de aço) e harpa paraguaia”, diz Martinelli, citando algumas das inúmeras atrações mais populares que estiveram no Encontro, como Soluna Garnes, de Trinidad e Tobago, que tocou steel drum, o violeiro Ivan Vilela (SP), a Orquestra Folclórica de Assunção do maestro Papí Galán e a sempre encantadora participação das crianças, seja em corais ou em apresentações de orquestras de projetos sociais.
Todas essas atrações ajudaram a formar um novo público para a música erudita. No palco já estiveram grandes nomes do cenário nacional e internacional como Bernardo Bessler e Emmanuele Baldini (violinos), o argentino Eduardo Isaac (violão), Fábio Zanon (violão) e a pianista e cravista Regina Schlochauer. “Fui buscar o cravo no meu próprio carro em Santos”, conta o maestro, ressaltando como esse festival é feito por muitas pessoas que nunca pouparam esforços para que ele fosse realizado.
Desde 2014, o Festival passou a acontecer também em cidades do interior, por onde passam a estrada de ferro de Três Lagoas a Corumbá. “Nosso objetivo é consolidar e fortalecer essas atividades no interior. Queremos que mais pessoas tenham oportunidade de conhecer a música de concerto”, comentou Jardel Vinicius, coordenador do projeto, já vislumbrando as próximas edições.
A programação completa, assim como datas e locais das apresentações podem ser conferidos no site da Fundação de Cultura de MS.