Moradora denuncia poluição por carvoaria, mas PMA atesta legalidade da atividade
A imagem de Bonito como um paraíso ecológico está sendo desafiada por uma questão que divide a cidade: a fumaça constante proveniente de uma olaria localizada às margens da MS-382. Moradores denunciam a poluição do ar, enquanto as autoridades afirmam que a atividade industrial está dentro da legalidade.
Bonito, conhecida mundialmente por suas belezas naturais e pelo turismo ecológico, enfrenta um dilema que coloca em xeque sua reputação. Moradores, como Rossana Luckiner, que pedala frequentemente pela região, têm denunciado a presença constante de fumaça na MS-382, proveniente da Olaria Tarumã.
A fumaça, segundo a denúncia, forma uma densa nuvem que paira sobre a região, comprometendo a qualidade do ar e a paisagem local. A situação gera questionamentos sobre a compatibilidade entre o desenvolvimento industrial e a preservação ambiental em uma cidade que se orgulha de ser um destino ecoturístico.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) realizou uma vistoria no local e atestou que a olaria possui todas as licenças ambientais necessárias para operar. Segundo o capitão Kelvin Valente, comandante da PMA em Bonito, a emissão de fumaça é inerente ao processo de produção e, portanto, não configura uma irregularidade.
A fumaça emitida pela olaria levanta preocupações sobre os possíveis impactos à saúde da população e ao meio ambiente. Especialistas alertam para os riscos de doenças respiratórias causadas pela inalação de partículas poluentes, além dos danos à vegetação e à fauna local.