A ordem para acabar com os acampamentos partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A decisão foi tomada após os ataques a prédios do três poderes, em Brasília (DF), na tarde de domingo (8).
O canteiro da avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, ocupado por bolsonaristas amanheceu nesta terça-feira (10) com tendas desmontadas, repleta de lixo e entulho.
Termina hoje o prazo de 24 horas, estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que acampamentos nas proximidades de quartéis em todo o Brasil sejam desmontados.
No local há paletes de madeira, faixas e sacos de lixo nas calçadas. Ainda restam algumas barracas erguidas, amontoadas em um único espaço, protegidas por um cercado de madeira, com alguns objetos ainda não retirados.
Nos mais de dois meses que ficaram no local, uma extensão de cerca de 250 metros da Duque de Caxias se “vestiu de verde e amarelo”, com pessoas dizendo lutar pela pátria. Além de muitas repetições do Hino Nacional e orações, os manifestantes mantiveram uma rotina de revezamento, para que sempre houvesse protestos no local.
Também foram várias carreatas e passeatas no tempo que ocuparam o canteiro principal da avenida. Famílias inteiras reforçavam o ato aos fins de semana. Muitos, inclusive, passaram Natal e Ano Novo no local.
Os pedidos eram muitos, começaram pela anulação das eleições e foram até defesa de intervenção militar.
A concentração em Campo Grande começou no dia 30 de outubro, logo após a divulgação do resultado da eleição que deu vitória ao candidato Lula (PT).
Ao longo dos 71 dias de acampamento, as reclamações de barulho foram feitas frequentemente. Além do tumulto causado no trânsito, devido a quantidade de veículos estacionados em local proibido.
Após a diplomação do presidente eleito, em 1° de janeiro de 2023, o lugar começou a esvaziar, permanecendo apenas com alguns bolsonaristas.