A usina de ferroligas instalada no bairro Previsul, em Corumbá, será oficialmente reativada nesta quarta-feira (16). Adquirido pela Granha Ligas e reinaugurado em 2014, após ficar fechado por quase cinco anos, o sistema sentiu o impacto da crise econômica mundial e suspendeu temporariamente a produção por um ano.
De acordo com o gerente administrativo da Granha Ligas, Geraldo Luiz Carazza, os trabalhos serão retomados inicialmente com 33% da capacidade operacional. A meta é operar com 100% até o final de 2016. O projeto é dobrar a produção, inclusive com a instalação de novos fornos e equipamentos, já no próximo ano.
Em reunião com o prefeito corumbaense Paulo Duarte, o gerente comunicou a decisão do grupo e adiantou que mesmo com as atividades suspensas, a empresa manteve aproximadamente 50 funcionários nesse último ano. “É mão de obra especializada, capacitada aqui mesmo da região”, afirmou o gerente.
Entraves
A reabertura da indústria representa pelo menos 100 empregos diretos sendo gerados na cidade. “Um empreendimento desse porte também movimenta todo o comércio local com a compra de insumos e a contratação de outros serviços”, completou o prefeito, que destacou também a importância de agregar valor a matéria prima extraída das reservas minerais.
“Neste período, além da instabilidade econômica, alguns entraves precisaram ser superados para que fosse possível voltar a produzir esse material aqui. Conversei diretamente com o governador Reinaldo Azambuja e conseguimos ultrapassar todas essas situações”, afirmou Duarte.
“Uma parte do nosso minério será transformado aqui mesmo na cidade. Ou seja, ele deixa de sair só como matéria prima e ganha mais valor de mercado. Na prática, isso significa que os empregos que seriam gerados na China ficarão aqui mesmo, com os corumbaenses”, completou Paulo Duarte.
O grupo – A Granha Ligas é uma empresa situada em Minas Gerais, com unidades fabris em Conselheiro Lafaiete e São João Del Rei. Seus principais produtos são o ferro sílico manganês e ferro manganês ato carbono, sendo fabricados a partir de minérios de manganês, fundentes e redutores.
Os minérios são quase que em sua totalidade de minas pertencentes ao grupo, localizadas em Minas Gerais e na Bahia. É uma empresa certificada pela ISO 9001:2000 desde 2006, mantendo-se merecedora desse certificado durante todas as auditorias de manutenção pelas quais passou.
O grupo hoje firma-se como o terceiro maior do País em seu segmento. Da sua produção, 80% é destinado para o Mercado Interno, onde seus principais clientes são os maiores produtores de aço do Brasil, e 20% para exportação, tendo como principais mercados a América do Sul e a Europa. (Assessoria)