Poderá ter nova eleição para diretoria
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) enfrenta uma crise sem precedentes com o afastamento de seus principais líderes, incluindo o presidente Sérgio Fernandes Martins, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida, que investiga suspeitas de corrupção, deixa o tribunal em uma situação de instabilidade e levanta questionamentos sobre o futuro da justiça estadual.
A decisão do STJ de afastar o presidente e outros desembargadores do TJMS, incluindo os eleitos para assumir os cargos em 2025, Sideni Pimentel e Vladimir Abreu, gerou grande repercussão no estado. As investigações apontam para um esquema de venda de decisões judiciais, o que, se confirmado, representa uma grave violação da confiança da sociedade na Justiça.
Com o afastamento dos principais líderes, o vice-presidente do tribunal, Dorival Pavan, assume a presidência de forma provisória. No entanto, a situação é incerta e uma nova eleição pode ser necessária, dependendo dos desdobramentos das investigações.
A crise no TJMS tem um impacto direto na prestação jurisdicional no estado. A instabilidade na liderança e as investigações em curso podem gerar atrasos nos processos e comprometer a confiança da população na Justiça. Além disso, a falta de transparência e a suspeita de corrupção podem minar a credibilidade da instituição.
Os desembargadores afastados ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações. Já o TJMS, em nota oficial, afirmou que as medidas não afetam os demais membros da corte e que os serviços por ela prestados continuam sendo realizados.
Os próximos passos do processo dependem da evolução das investigações e da decisão do STJ. Caso as acusações sejam comprovadas, os desembargadores podem responder criminalmente e ser afastados definitivamente da função.
Ainda conforme nota do TJMS, “para a composição dos órgãos colegiados do TJMS e manutenção de seu pleno e total funcionamento, serão convocados imediatamente quatro Juízes de primeiro grau para realização das respectivas sessões de julgamento, presencial e virtual, despachos, demais atos de movimentação e decisões nos respectivos processos em que passarão a atuar em substituição, de modo a não ocorrer qualquer prejuízo para a população, mantendo a regularidade de seu funcionamento”.