Brasil registrou 4.255 mortes e prejuízos de R$ 500 bilhões com enchentes, estiagens e altas rtemperaturas
De acordo com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, nos últimos 20 anos os desastres ambientais provocaram 4.255 mortes, desabrigaram 8 milhões de pessoas e causaram prejuízos de R$ 500 bilhões em todas as regiões. Os estados que sofreram os maiores danos com chuvas intensas, estiagens, inundações, incêndios e ondas de calor são: Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Os números, que se referem ao período de 2003 a 2022, foram fornecidos por um programa do Banco Mundial e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A pesquisa não mostra os prejuízos e óbitos registrados em 2023. Entretanto, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), no ano passado 248 mortes foram notificadas por tragédias naturais no Brasil.
Mais de 45% dos óbitos causados por desastres relacionados a chuvas no ano passado são do Rio Grande do Sul. No ano passado, o Estado enfrentou situações climáticas extremas, como ciclones e chuvas intensas, influenciados sobretudo pelo fenômeno El Niño. Cerca de R$ 3 bilhões foi a soma de prejuízos resultantes de tempestades no Rio Grande do Sul, além de 67 mortes. setembro, a passagem do ciclone extratropical afetou mais de 90 cidades gaúchas.
Dados da CNM apontam que nos últimos 10 anos 93% dos municípios brasileiros foram atingidos por desastres naturais como tempestades, enxurradas, inundações e alagamentos. Os estudos, referentes aos anos de 2013 a 2022, indicam que mais de 2 milhões de moradias foram danificadas — 107 mil foram completamente destruídas.