Empresário de curtume deve R$ 2,8milhões ao banco e será julgado na 6ª Vara criminal
Por causa de uma dívida não-paga ao Sicredi (Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Campo Grande e Região), o polêmico José Alberto Miri Berger, empresário do ramo de curtumes, chega às portas dos estreitos corredores da Justiça. Ele foi denunciado por crime contra a ordem tributária, com valor calculado em R$ 15,6 milhões.
Esse dinheiro é oriundo de operações efetivada em duplicatas entre os anos de 2014 e 2015. A agenda de José Alberto Berger diante do tribunal prevê a abertura de audiências e julgamento a partir do dia 28, na 3ª Vara Criminal.
Dono do Braz Peli, uma indústria de couros localizada no Distrito Industrial, em Campo Grande, Berger ganhou fama ao denunciar e não comprovar o envolvimento do governador Reinaldo Azambuja em uma negociação de incentivos fiscais ao Grupo JBS. Depois de fazer a denúncia e ser cobrado para apresentar as provas, Berger recuou e alegou ter sido vítima de um golpe.
Na peça em que denuncia Berger pelo calote no Sicredi, o promotor Rogério Augusto Calábria Araújo, do Ministério Publico Estadual (MPE), enfatiza: “Consta dos autos que no período correspondente entre novembro de 2014 a março de 2015, nesta capital, José Alberto Miri Berger obteve vantagem ilícita para si, em prejuízo alheio, mediante ardil, induzindo a vítima Sicredi em erro, vez que realizou, por meio de descontos de duplicatas falsas junto à referida cooperativa, o importe de R$ 2.836.858,51”.