Jornalista dos mais premiados também era professor universitário e tocou guitarra com o roqueiro Paulo Ricardo
O universo brasileiro das comunicações ficou mais triste no domingo, 03, com a morte do jornalista Claudio Tognolli. Tinha 60 anos e morreu em decorrência de complicações de transplante do coração feito em janeiro. Ele estudou jornalismo na Universidade de São Paulo, onde fez doutorado em Ciências da Comunicação.
Além do jornalismo, a sua grande paixão era a música. Ele estudou violão clássico e composição com o maestro maestro Hans Joachimm-Koellreutter. Acumulou passagens pelas redações da Folha de São Paulo, Veja, Jornal da Tarde/Estadão e Caros Amigos. Co-fundou o site Brasil 247 e foi repórter especial da revista eletrônica Consultor Jurídico. Foi repórter especial nas rádios Jovem Pan, CBN, Eldorado e Energia 97.
PREMIAÇÕES
Tognolli também era professor universitário, escritor e músico. Foi idealizador e coordenador da Cátedra Otávio Frias Filho, em parceria com o Grupo Folha. Colecionou prêmios como o Esso, pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); o Jabuti de Literatura 1997, pelo “O Século do Crime””, e o Grande Prêmio Folha de Jornalismo, em 1993, com Fernando Rodrigues, pela série de 500 reportagens “Conexão Manágua”. Foi autor de 27 livros, oito ainda não lançados.
Dono de mais de 80 guitarras, Tognolli atuou nos primórdios da banda RPM, de Paulo Ricardo. “Eu já tocava guitarra, estudava muito, todos os dias. O Paulo me chamou para tocar com ele e montamos uma banda chamada Pif Paf. Nesse evento tocavam também As Mercenárias, o João Gordo. Começamos a chamar atenção”, contou, em uma entrevista à Revista Trip.