Apesar da temporada de incêndios ter começado mais cedo neste ano, o mês de setembro é considerado um período crítico. O aumento das temperaturas com o fim do inverno e a escassez de chuvas contribuem com este cenário
Um grave incêndio está devastando uma área de preservação ambiental em São Gabriel do Oeste, a 137 km de Campo Grande. As chamas, que se iniciaram no último sábado (31), já se espalharam por diversos hectares e continuam sendo combatidas pelo Corpo de Bombeiros e produtores rurais. A fumaça intensa e a dificuldade de acesso à região dificultam o trabalho de controle do fogo.
Além da hipótese de fogo criminoso, explorar outras possíveis causas como descargas elétricas, equipamentos agrícolas e condições climáticas extremas.
Detalhar os danos causados à fauna e flora local, como a perda de habitat para diversas espécies e a emissão de gases poluentes.
Apresentar informações sobre as ações que podem ser tomadas para prevenir incêndios florestais, como o manejo adequado do fogo e a conscientização da população.
“O caminhão pipa está sendo usado para tentar controlar as chamas para não cruzar a rodovia para não pegar a pastagem do outro lado. Enquanto tiver fogo vamos ficar aqui e salvar o que for preciso. Tudo indica que foi fogo criminoso e acaba dando esse transtorno todo para gente. Estamos aqui para não deixar se aproximar da sede. O caminhão pipa é da própria fazenda”, disse o trabalhador que não quis se identificar.
“Eles vão permanecer lá com o caminhão pipa até controlar”, conta o produtor rural, Adalto José Manzano, de 60 anos. Adalto tem uma propriedade rural na região da Serra de Maracaju, com 300 cabeças de gados que agora no período da tarde, foram levados próximo à sede. Ele relata que a prioridade dele é proteger os animais. Durante à noite de sábado (31), as chamas estavam relativamente controladas. Porém, por volta das 11h deste domingo, surgiu um outro foco de aproximadamente 2 mil metros da margem da rodovia. Fogo esse que pode ter sido ateado. “Como a vegetação está muito seca não podemos afirmar que ele foi colocado propositalmente, pois também pode ter sido causado por bituca de cigarro jogada, por exemplo. Mas tem também, a gente nunca sabe qual é a intenção do ser humano, as vezes a pessoa que faz isso, parou para fazer alguma coisa na margem da rodovia, colocou o fogo ali, acha bonito aquele fogo, não tem noção do dano ambiental, à ecologia, o dano à produção agrícola, à produção pecuária”, disse Adalto.
Tempo permanece quente e seco
Apesar da temporada de incêndios ter começado mais cedo neste ano, o mês de setembro é considerado um período crítico. O aumento das temperaturas com o fim do inverno e a escassez de chuvas contribuem com este cenário.
Segundo o Cemtec (Centro de monitoramento do clima e do tempo de Mato Grosso do Sul), até quarta-feira (4) o tempo deve seguir estável, com predomínio de sol e variação de nebulosidade no estado.
Destaca-se que as temperaturas estarão em elevação e acima da média para o período, com máximas que podem atingir os 38-41°C. Aliado às altas temperaturas, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 8-20%.
Essa situação meteorológica ocorre devido a ocorrência de uma onda de calor, favorecida pela atuação de uma massa de ar quente e seca.
Os focos começou no sábado na beira da rodovia MS-430, na regiao da Serra de Maracaju divisa de Rio Negro e São Gabriel do Oeste.