O Pantanal registrou a perda de mais 700 mil hectares para as chamas
No Pantanal, ações noturnas se tornaram parte da rotina diária dos militares que lutam para controlar e impedir a propagação dos focos de incêndio, nas regiões do Nabileque, Paraguai Mirim, Nhecolândia, Abrobral, Morro do Cruzeiro e as margens da BR-262.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um dos principais obstáculos nos últimos dias é o vento, que pela intensidade e direção, alastra o fogo de forma descontrolada. Uma das regiões que gera preocupação é a região do Nabileque, que apresenta como característica os carandazeiros, que estão apresentando fagulhas e chamas.
Na sexta-feira (5), os bombeiros estavam próximos ao Buraco das Piranhas e permaneceram até a noite para cessar o fogo na região. Segundo os brigadistas, os fazendeiros também estão ajudando com o uso de equipamentos agrícolas, tratores para a eliminação dos focos iniciais.
O tenente dos bombeiros, Randolfo Rocha, fala sobre o cenário atual.
“Realizamos os combates diretos, serviço de monitoramento e por hora conseguimos controlar os focos mais avançados, mas tem alguns que continuam. Chega agora um vento sul, com rajadas de mais de 44 km por hora, o que pode evoluir alguns focos. Por isso estamos vigilantes para realizar o combate se precisar”.
Segundo os militares, existem 6 pontos ativos de contenção do fogo. Além da região do Nabileque, os trabalhos se concentram nas regiões do Paraguai Mirim (Maracangalha), Nhecolândia, próximo ao Rio Abobral, Morro do Cruzeiro e Porto Sucuri.