(*) Wilson Aquino
Em tempos de pandemia, em que não são recomendáveis e até proibidas as aglomerações, muitas igrejas Cristãs intensificaram seus trabalhos de ajuda ao próximo. Ministram por meio de atividades da igreja, levando variados tipos de ajuda à comunidade, pois elas, mais do que ninguém, sabem que a caridade é o puro amor de Jesus Cristo.
A Igreja Morada, por exemplo, decidiu abrir suas portas para receber o Movimento Médicos pela Vida Brasil, que vem tratando precocemente pessoas do grupo de risco e profissionais da linha de frente de combate ao Covid-19 e a população em geral (sintomáticos e assintomáticos). O trabalho é voluntário tanto de médicos e enfermeiros como de membros da igreja na organização e manutenção dos trabalhos.
Certamente, essa ação desenvolvida em Campo Grande e em várias cidades brasileiras, por esta e outras igrejas, tem salvado milhares de vidas.
Outras igrejas também foram à luta, colocando seus membros nas ruas para levar todo tipo de ajuda a famílias que atravessam os mais variados problemas nesses tempos difíceis. Algumas fazem campanhas de doações de sangue, alimentos e agasalhos para servir à comunidade.
É fato que mesmo pequenas cestas básicas, com apenas alguns quilos de alimentos básicos é simplesmente tudo o que uma família de pessoas pobres rogava a Deus para que recebesse. Muitas estão desempregadas e/ou sofreram outras consequências desse drástico período de pandemia que o Brasil e o mundo atravessam.
Membros das igrejas, homens, mulheres e crianças, revestidos do puro amor de Deus, não medem esforços para concretizar os mais variados tipos de ajuda ao próximo.
A Igreja El Shaddai, que perdeu em Campo Grande o seu apóstolo Edilson Vicente da Silva há alguns dias para a Covid-19, resolveu não retirar da frente do Hospital Regional seu grupo de oração pelos doentes e necessitados ali internados.
O grupo de oração enfrentou até mesmo as fortes chuvas e o frio da semana passada, se revezando entre seus membros para que a corrente de oração não fosse quebrada.
E o mais incrível disso foi que a própria direção do hospital reconheceu os efeitos milagrosos das orações, tanto na recuperação de pacientes e no seu bem estar para enfrentar as doenças, como também na mudança de clima, mais alegre, comunicativo e participativo entre os servidores e funcionários.
Não há dúvida de que de fato a fé remove montanhas. E nesse caso, mesmo Deus tendo levado o apóstolo Edilson, a fé de seus discípulos não se abalou. Pelo contrário, foi intensificada pelo grande amor ao próximo.
A Arquidiocese de Belo Horizonte ofereceu 1,5 mil igrejas católicas para acolher os doentes e evitar a superlotação do SUS. A Igreja Batista também não perdeu tempo e foi à luta. Monitora membros que enfrentam maiores dificuldades materiais e, na medida do possível, supre essas necessidades.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias também tem um programa permanente de ajuda ao próximo. O “Mãos que Ajudam” é um programa dirigido pelo sacerdócio para prestar serviços comunitários e oferecer auxílio para os necessitados, inclusive nas calamidades em todo o mundo. Ela é tão organizada e prestativa que nas grandes catástrofes é uma das primeiras organizações a chegar ao local para auxiliar no resgate de pessoas e no amparo de desabrigados.
Possui um sistema de produção e armazenamento de alimentos e outros produtos de primeira necessidade para serem doados em toneladas aos necessitados. A imprensa mundial já registrou sua presença, os famosos “coletes amarelos” do Programa Mãos que Ajudam. Convém ressaltar que toda essa produção e distribuição é feita pelos próprios membros da igreja. Ela não aceita nenhuma ajuda financeira de governo em nenhum país e seu clero não é remunerado.
Da mesma forma os Adventistas, Metodistas, Assembleianos, Luteranos e outras denominações também exercem o Sacerdócio de Cristo de ajuda ao próximo, de variadas formas, por entenderem que estamos cercados de pessoas que necessitam de atenção, incentivo, apoio, consolo e bondade. Todo membro Cristão é a mão do Senhor aqui na Terra, com o encargo de servir e edificar seus filhos.
(*) Jornalista e Professor