Ainda é muito cedo para que se faça uma avaliação minimamente fiel, precisa, sobre como se desenvolverá o governo de Eduardo Riedel. Mal foram nomeados os ocupantes de escalões superiores e cada um, mesmo quem veio da administração anterior, ainda está se familiarizando com os perfis e estilos específicos do novo governante.
Apesar disso, é perfeitamente possível aferir traços de uma realidade inquestionável que se configura nesta paisagem, ainda no esboço, mas com indícios animadores sobre o futuro. O indicador, neste caso, é o olhar agudo e reflexivo da população, que pelos dons instintivos, pela inteligência e pelos conhecimentos experimentados no governo anterior, já aponta, se não uma certeza, ao menos uma perspectiva comparativa entre o que foi ontem e o que será – ou pode ser – o amanhã.
Para captar esta avaliação ou sentimento da sociedade sobre como ela vê ou o que espera em relação ao governo Riedel, o Instituto de Pesquisas Resultado (IPR), em parceria com o jornal “Correio do Estado”, entrevistou 402 eleitores/eleitoras de 15 municípios, sendo 14 do interior. Impressiona o resultado: 78,61% dos entrevistados afirmam que será um bom governo, ao passo que apenas 15,92% pensam o contrário.
Realizada de 19 a 21 deste mês, a pesquisa tem 95% de confiabilidade e 4,9% na margem de erro para mais ou para menos, índices que oferecem a segurança necessária para que se faça a análise. E de onde viria a confiança demonstrada por quem respondeu ao questionamento do instituto? Óbvio que não é apenas de eventual simpatia pelo governador – até porque em uma consulta aleatória não se sabe quem votou em quem – ou uma manifestação meramente de sentimento espontâneo.
Há nessas respostas um ingrediente cientificamente justificável, que é o grau de consciência dos eleitores sobre o que sabem e o que viram, o que sentiram e o que viveram em oito anos como governados. E, nesse período, quem os governou teve a condição de apresentar o candidato de sua máxima confiança, aquele a quem considerou capaz de fazer uma gestão semelhante e até melhor ou mais aprimorada.
Em síntese: se Reinaldo Azambuja em oito anos fez uma gestão que agradou, com elevados índices de aprovação, naturalmente iria indicar para sucedê-lo um gestor com qualidades para fazer igual ou melhor. E esta, sem mistérios, é a equação simples processada pelo imaginário popular. Não um imaginário de ocasião ou um achômetro, mas um imaginário consciente, de conhecimento e de inteligência, elaborado por experimentos práticos e por contatos com benefícios e sinais concretos de intervenções positivas no seu cotidiano.
Os números da consulta, amplamente divulgados, contribuem com o caminhar de Mato Grosso do Sul, servindo tanto ao governante quanto aos que ele governa. São dados que exalam sentimentos legítimos e impositivos de confiança e de crédito, renovando a grandeza do compromisso e também das relações de Eduardo Riedel com o futuro do Estado.
Tenho dito!