O ex-servidor Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, de 36 anos, detido nessa quarta-feira (31) pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em investigação de denúncias de assédio sexual contra o ex-prefeito e candidato ao Governo, Marquinhos Trad (PSD), responde um processo de estelionato após “vender” casas populares e arrecadar R$ 39 mil das vítimas.
Ele foi nomeado, em fevereiro de 2017, como gestor de projeto na Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos e depois atuou como gestor de projeto no gabinete do ex-prefeito até julho de 2021, quando foi exonerado.
Na mesma operação de ontem (31) foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois imóveis de Campo Grande, em um deles funcionava uma casa de prostituição. Victor Hugo também aparece como dono de um site na internet para agenciamento de garotas de programa, com os domínios ‘Class Vip BR’ e ‘Class Vip’.
O ex-prefeito, que alega ser “ungido” por Deus e que afirma constantemente que suas mãos são limpas, não passa de um adúltero confesso e abrigava sob suas asas Victor Hugo. Na mesma toada, no dia 9 de agosto, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Campo Grande, coisa nunca antes vista nestes 150 anos de história. Duas CPU’s foram apreendidas, além de documentos. Também foi feita perícia nos possíveis locais no gabinete onde Marquinhos Trad teria mantido relações sexuais.
As suspeitas que pairam sobre Victor Hugo é de supostas ameaças que ele teria feito a mulheres que denunciaram casos de assédio sexual na prefeitura. Há conversas de WhatsApp de números que supostamente seriam do suspeito, que está preso preventivamente.
A atual prefeita, Adriane Lopes, no entanto, se mostra frágil, omissa e incapaz. A única coisa que ela faz com determinação é defender a bandeira de Trad em manifestações políticas e posar risonha para fotos, como se estivesse vivendo em um verdadeiro paraíso.
Mas não para por aí… Uma “festinha” em 2021, com direito a sexo pago, agressão e drogas, implica dois empreiteiros: André Luiz dos Santos, o “Patrola”, dono da ALS, e Sérgio José Joaquim Fenelon. As revelações apontam suposto esquema de favorecimento à prostituição com uma rede de aliciamento para atender políticos, servidores públicos, empreiteiros e amigos.
O cerco começa a fechar. O ex-prefeito e sua defesa alegam que é uma armação política. Contudo, na Deam existem 16 queixas contra Marquinhos Trad, sendo 15 mulheres e um homem, esposo de uma das denunciantes. As denúncias são consistentes e narradas nos seus mínimos detalhes.
Parece que a história está se confirmando. Patrola, amigo pessoal do ex-prefeito, e Victor Hugo fazem bem o perfil das denúncias investigadas pela polícia. São notícias tristes, vergonhosas e postura que não deveria fazer parte da administração municipal. Coação, golpes, assédio sexual, importunação sexual, favorecimento a prostituição, estupro e tentativa de estupro e sexo no gabinete.
Marquinhos Trad, além de ter deixado uma herança maldita para sua sucessora administrar, mesmo fora do Paço Municipal vem desmoralizando aquele poder com uma enxurrada de denúncias. O que mais as investigações vão apontar? O que falta ainda ser desvendado? Será que Victor Hugo na gaiola vai cantar?
Cenas dos próximos capítulos que cada vez mais envergonham as famílias e as pessoas de bem do nosso Estado. Tem um velho ditado que diz: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”. Tem uma mensagem relevante para aqueles que andam com más companhias. Mas nessa denúncia é humanamente impossível separar o joio do trigo.
Caberá à Justiça, diante de inúmeras denúncias, dar uma resposta plausível e convincente à sociedade. Confirmando assim, de uma vez por todas, que ninguém está acima do bem e do mal.
A pergunta que não me canso de fazer: Onde ficam os princípios éticos, morais e Cristãos?
Tenho dito!