O vereador Professor Juari, do PSDB, é uma das vozes oposicionistas na Câmara Municipal de Campo Grande. Tão legítimas e necessárias quanto as suas críticas à gestão da prefeita Adriane Lopes são as argumentações de defesa e de contra-ataque dos representantes da base governista.
Isto é saudável, é democrático, é divergência de opiniões, é exercício de direitos incontestáveis que socorrem cada pessoa imbuída do propósito de fazer a sua parte em benefício da comunidade e da cidade em que vive. A razão, no entanto, está nos olhos de quem vê, de quem sente e de quem se informa sobre o que acontece ao seu redor, e não no entender de quem se deixa levar pelo sabor das simpatias ou das antipatias.
A menção ao vereador Juari é pelo fato de ter levantado uma questão sobre seu olhar crítico ao desempenho do atual governo municipal, fazendo depois, em torno do tema, uma oportuna proposição: convidou os colegas governistas a um desafio comparativo acerca das gestões que conduzem a cidade desde 2017 (Marquinhos Trad e Adriane Lopes, do PSD e PP) e o Estado desde 2015 (Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, do PSDB).
Seria uma acareação pública de desempenhos, sustentada por meio de informações, números e indicadores oficiais – única forma de se obter uma visão pontual e conjuntural dos impactos de cada gestão, ou cada programa de governo com seus resultados em Campo Grande e Mato Grosso do Sul.
Se acontecer na Câmara Municipal um desafio deste quilate, terão os nobres vereadores contribuído grandemente com a expectativa legítima da população de saber se o que ela vê, sente e vive na cidade também é visto, sentido e vivido pelos seus representantes legislativos.
Sem desmerecer a autoridade, o olhar e o conhecimento dos nobres vereadores, não há melhor julgador que o povo. A resposta dele é a verdade de todo dia para quem precisa de qualidade e resolutividade nos serviços de saúde, educação, transporte, lazer, habitação, urbanismo e uso escorreito do dinheiro e do patrimônio público.
As eleições vêm aí. É o maior e melhor de todos os tribunais. E, com certeza, um desafio como o que propôs o vereador Juari só terá vencedores quando as urnas de outubro derem a declaração definitiva e inquestionável sobre competência ou incompetência.
Façam as apostas.