Líder da quadrilha alvo de operação desencadeada na manhã desta quarta-feira (20/3) pela Polícia Federal e Receita Federal do Brasil, mantinha esquema voltado à importação ilegal de cigarros com outros contrabandistas e policiais de Mato Grosso do Sul, segundo as investigações.
Denominada Hansei, a ação cumpre cinco mandados de busca e apreensão – não seis, como divulgado inicialmente – nas cidades de Maringá, Umuarama e Londrina, todas no Paraná, além de Barueri e Sorocaba, em São Paulo.
As determinações judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Naviraí.
“Apurou-se que o líder, agora identificado, mantinha relação com os contrabandistas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul desde o ano de 2013 e seria o responsável por “acertos” com policiais nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná”, diz nota divulgada pela Receita Federal.
O grupo atuava no contrabando, transporte e distribuição dos cigarros importados ilegalmente do Paraguai para outras unidades da federação.
As investigações apontaram ainda que a partir da análise do material apreendido de uma outra apuração, foi possível identificar outras pessoas de grande relevância dentro da quadrilha e responsáveis pela logística desses produtos.
Conforme relatado pela Receita Federal, empresas foram criadas para dissimular as movimentações financeiras. O grupo ainda realizava diversas operações em espécie, sempre usando nome de laranjas.
“As apurações fiscal e bancária permitiram constatar que foram criadas pessoas jurídicas para dissimular movimentações financeiras incompatíveis com o faturamento das empresas e com os rendimentos auferidos pelas pessoas investigadas. Para evitar o rastreio de transações bancárias, o grupo realizava diversas operações em espécie e em nome de laranjas”, relata.
Participaram da operação 10 auditores-fiscais e um analista tributário da Receita Federal, além de 22 policiais federais.