O deputado Rinaldo Modesto (Podemos) iniciou a discussão na Assembleia, alegando que o livro contém “palavras de baixo calão” e “banaliza o sexo”
O livro “O Avesso da Pele”, do escritor Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti em 2021, foi tema de debate na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Deputados de direita e esquerda questionaram o conteúdo da obra por conter linguagem considerada inadequada para o público do Ensino Médio.
A SED (Secretaria de Estado de Educação) informou que o material foi distribuído pelo Ministério da Educação e que fará uma análise aprofundada do conteúdo.
A editora Companhia das Letras e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, defenderam a obra e repudiaram a censura.
O deputado Rinaldo Modesto (Podemos) iniciou a discussão na Assembleia, alegando que o livro contém “palavras de baixo calão” e “banaliza o sexo”.
O deputado Pedro Kemp (PT) também questionou a adequação da obra para o público do Ensino Médio, mas ressaltou que a distribuição ocorreu durante o governo Bolsonaro.
A SED esclareceu que as escolas escolhem os livros do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e que a obra “O Avesso da Pele” foi aprovada por um conselho.
A editora Companhia das Letras destacou que a obra é literatura sobre identidade e as complexas relações raciais.
O autor Jeferson Tenório argumenta que a narrativa brutal é necessária para retratar um país marcado pelo racismo e um sistema educacional falido.
A ministra Margareth Menezes defendeu o acesso à obra e destacou que a escolha passou por um conselho.