DNA em latinha de refrigerante foi suficiente para identificar homem que furtou estabelecimento comercial
Os investimentos do governo estadual no aparelhamento tecnológico e científico modernizam e aprimoram os serviços da segurança publica, com excelentes resultados. A perícia criminal é um setor que hoje alcançou um poder de resolutividade muito importante para as investigações.
A ciência e a tecnologia encontram pistas e respostas certeiras, como na apuração de um furto investigado pela Polícia Civil em Camapuã. Com a Polícia Científica em ação, foi possível chegar ao suspeito de furto em um estabelecimento comercial. Localizado em uma feira livre, com um intenso fluxo de pessoas, o estabelecimento não oferecia nenhuma facilidade. Mas a equipe responsável pelo exame pericial fez a coleta de materiais biológicos em uma latinha de refrigerante aberta pelo suspeito.
O Instituto de Análises Laboratoriais Forenses cruzou as amostras de DNA extraídas da lata de refrigerante com os dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos. E identificou o suspeito, que tem mais de 80 passagens pela polícia. “O perito utilizou a técnica de coleta com swab em diferentes latinhas encontradas no local. Uma deu positivo e foi só conferir o banco de perfis genéticos”, explicou o perito criminal Rodrigo Wenceslau, chefe do Núcleo Regional de Criminalística de Costa Rica e diretor do Sinpof/MS (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul).
O Banco Nacional de Perfis Genéticos foi criado em 2013 e tem mais de 175,4 mil perfis cadastrados. Ao todo, 22 laboratórios oficiais forenses no país registram dados e amostras de DNA no sistema, como impressões digitais, fios de cabelo, marcas de sangue e até gotas de saliva e de suor. Até fevereiro deste ano, a Polícia Científica registrou dados genéticos de 2822 condenados e 773 vestígios, permitindo a comparação dos perfis genéticos obtidos nos locais de crime e em vítimas de crimes sexuais.