Onde cargas d´água está a vetusta Corte colegiada que tem exclusiva para si a atribuição de fiscalizar as contas publicas e enquadrar, quando for necessário, os maus gestões que as conduzem?
A pergunta é pertinente, oportuna, necessária, absoluta e totalmente justificável. Aos cidadãos e cidadãs comuns resta o esperneio, o protesto e o direito de cobrar os responsáveis pela guarda de seus direitos. O Tribunal de Contas (TCE), um colegiado que dispõe de seu próprio e especial Ministério Publico, parece estar satisfeito com o que vem acontecendo no manuseio das finanças da municipalidade campograndense.
Se os fiscais da administração de finanças publicas não está satisfeito, então deve estar conformado ou impotente para vigiar, nos limites da lei, o destino que vem sendo dado à contabilidade do município campeão de gastança no Centro-Oeste. Não é crível que exista tanta liberdade e tanta desfaçatez nos estragos que a gestora da cidade anda fazendo com o suado dinheiro do povo.
O show de irresponsabilidades não tem intervalo. Depois de engordar os holerites de sortudos apadrinhados e futuros “cabos eleitorais”, a prefeita chega ao ápice da irresponsabilidade. Pretende legalizar – ou “esquentar” – a vergonhosa “folha secreta”, para oficializar um dos dutos da sangria dos cofres publicos, ao qual deu um abrigo reservado, fora do alcance do Portal da Transparência e da fiscalização da sociedade.
Não. Não é apenas um show de irresponsabilidade. Esta história, real, de desfecho político e eleitoral previsível, é um espetáculo deprimente de governantes que não têm compromisso com a verdade e se escondem dela para não prestar contas.
Nas urnas, o voto é secreto. Mas é legal.