A pesca desportiva e as cotas de captura devem obedecer à “Cartilha do Pescador” do Imasul
O fim da Piracema em Mato Grosso do Sul está impulsionando o turismo e as reservas em espaços de pesca. Com a liberação da pesca geral a partir de 28 de fevereiro, exceto para espécies ameaçadas de extinção, os pesqueiros e hotelarias especializados estão experimentando uma alta demanda.
Na Pousada e pesqueiro Toca da Onça, em Aquidauana, todos os 60 quartos estão reservados de 29 de fevereiro a 3 de março. A expectativa para o ano é positiva, com reservas até 4 de novembro, e os meses mais movimentados são setembro e outubro.
Em Corumbá, o Hotel pesqueiro da Odila já tem 80% dos quartos agendados. O local, que começou a operar em 1º de fevereiro apenas para pesca e solte na Calha do Rio Paraguai, planeja uma temporada promissora, aproveitando a visibilidade das belezas pantaneiras destacadas em novelas.
No entanto, a reabertura da pesca vem com regras rigorosas para evitar crimes ambientais. A modalidade “pesque e solte” está liberada desde 1º de fevereiro em alguns rios, com o uso de anzóis lisos e devolução imediata dos peixes. Esta prática só é permitida nas calhas dos rios Paraná e Paraguai, e os pescadores devem obter a Autorização Ambiental para Pesca Amadora.
A pesca desportiva e as cotas de captura devem obedecer à “Cartilha do Pescador” do Imasul, com regulamentações sobre tamanhos mínimos e máximos, petrechos, cota e período de pesca. A pesca amadora está limitada ao uso de linha de mão, caniço simples e caniço com molinete ou carretilha. Os pescadores devem declarar o pescado e pagar o Selo Turismo em um Posto da Polícia Militar Ambiental.
A cota permitida por pescador amador inclui cinco piranhas, um exemplar de pescado de espécie nativa, além de limites máximos para cada espécie, respeitando o período de piracema. Algumas espécies, como dourado e Piracanjuba, são proibidas. Existem também limites de tamanho para várias espécies, iscas vivas e áreas de preservação permanentes onde a pesca é proibida. Recomenda-se que os pescadores se informem com a PMA sobre as restrições em barragens e escadas de peixes.