Dupla Marquinhos e Adriane gastou mais do que foi arrecadado e fechou 2022 com as contas e a gestão no vermelho
De acordo com o Anuário Multicidades Finanças dos Municípios do Brasil, as prefeituras de Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) são as líderes do Centro-Oeste entre as que cometem o deslize absurdo de gastar mais do que arrecada. A receita cresce, mas a despesa excede o valor apurado e causa um “rombo” nas contas publicas, com graves danos ao município.
O Anuário Multicidades não é um faz de contas – é uma publicação rigorosamente técnica de levantamentos oficiais pesquisados em parceria entre a Frente Nacional de Prefeitos e a Aequus Consultoria. É um guia para todas as gestões municipais do País. O relatório demonstrativo que apontou o desastroso saldo campo-grandense refere-se ao ano de 2022 – como se sabe, este foi um trecho do segudo mandato do prefeito Marquinhos Trad (PDS) e sua vice, Adriane Lopes (PP), iniciado em 2020 e duração até 2024.
Na educação, obras atrasadas fizeram o ano letivo ser adiado. No transporte coletivo péssimos serviços e na manutenção urbana obras inacabadas e falta de planejamento. Triste realidade.
Na pesquisa sobre as 10 prefeituras da região Centro-Oeste com as maiores receitas e despesas totais de 2022, Goiânia (GO), Campo Grande e Cuiabá lideram. Porém, com uma diferença: os goianos gastaram menos (R$ 6,7 bilhões) que a receita (R$ 7,1 bilhões). Em contrapartida, a arrecadação da Cidade Morena cresceu, chegando a R$ 5 bilhões. Todavia, a prefeitura rompeu este limite e gastou R$ 200 milhões a mais.
CONTRADIÇÃO
Numa contradição lamentável, a prefeita Adriane Lopes (PP) está à frente de uma prefeitura que registra elevada arrecadação, muito superior à de Cuiabá, porém sua população não tem serviços qualificados em áreas essenciais. Na saúde, pessoas penam em longas filas de espera e até óbito já aconteceu no caótico cenário de atendimento.
Na educação, obras atrasadas fizeram o ano letivo ser adiado. No transporte coletivo péssimos serviços e na manutenção urbana obras inacabadas e falta de planejamento. Para completar o triste panorama, a prefeita encheu a prefeitura de assessores contratados por interesses questionáveis, tendo em vista sua pré-candidatura à reeleição, e banca este “exército” de apoiadores com super salários, parte deles – suspeita-se – lançada em uma folha secreta até hoje sem ser incomodada pelos órgãos de fiscalização e controle.
Os cuiabanos arrecadaram R$ 3,2 bilhões – ou R$ 1,8 bilhão a menos que Campo Grande – e gastaram R$ 3,4 bilhões. Em comparação com a capital sul-mato-grossense, os resultados de gestão têm desempenho bem melhor na ótica da comunidade. Para conferir o relatório geral do anuário, esta é sua 19ª edição e pode ser encontrada no portal da Frente Nacional de Prefeitos.