Repete-se o quadro recorrente de superlotação no maior hospital de Mato Grosso do Sul
Cenas que infelizmente não poderiam mais se repetir voltam a ser vividas e assistidas em Campo Grande. A superlotação na Santa Casa, com impactos terríveis em algumas áreas de atendimento, recoloca na ordem do dia as preocupações da sociedade e as soluções que precisam ser encontradas pelos responsáveis.
Desta vez, um dos centros de problemas a quem busca socorro no estabelecimento é o setor de Ortopedia. Segundo se apurou, durante pelo menos 10 dias consecutivos havia congestionamento na fila de espera. Na quarta-feira, 21, esse contingente era de 40 pessoas, no aguardo de serem chamadas para as cirurgias.
ACÚMULO
A Santa casa informa que a média de cirurgias ortopédicas é de 24 a 26 procedimentos diários. Entretanto, em fevereiro, mês do carnaval e de feriado prolongado, os acidentes de trânsito aumentam e o número das intervenções ortopédicas acompanha esse crescimento, extrapolando a média. Atualmente, das 587 pessoas internadas 115 estão submetidas aos cuidados da Ortopedia, com 40 encaminhadas para cirurgia.
É fundamental e passou da hora de ser tomada a providência que vem sendo buscada há 107 anos e ainda não foi encontrada. A Santa Casa surgiu em 18 de agosto de 1917, quando foi fundada a Sociedade Beneficente de Campo Grande (SBCG), nome original da mantenedora do hospital. Mesmo com pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) na quase totalidade, é o maior da rede privada do Estado. Acolhe pacientes do Brasil e do exterior e é uma referência de clínica médico-hospitalar, sobretudo nas especialidades de Transplantes, Cardiologia e Ortopedia.