Diego gravou a si mesmo e a outras pessoas, sendo responsável por diversas imagens do momento, que foram publicadas em redes sociais
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o sul-mato-grossense Diego Eduardo de Assis Medida, de 33 anos, a 17 anos de prisão devido à participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Além do período de prisão, o réu também terá que pagar uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos junto com os demais condenados.
Diego é natural de Campo Grande (MS) e morava em Dourados (MS). O réu deverá cumprir a sentença em regime fechado. O g1 tenta localizar a defesa para mais esclarecimentos.
O relatório do ministro Alexandre de Moraes inclui um conjunto de provas contra Diego, contendo, inclusive, imagens dele em meio à depredação e comemorando a destruição dos bens públicos.
Diego gravou a si mesmo e a outras pessoas, sendo responsável por diversas imagens do momento, que foram publicadas em redes sociais.
Diante da materialidade e comprovação dos atos criminosos, Moraes destacou em seu relatório que “a co-autoria de DIEGO EDUARDO DE ASSIS MEDINA vem comprovada integralmente pela prova dos autos”.
O relatório do ministro foi aprovado integralmente pelos ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli e, com ressalvas, pelos ministros Edson Fachin e Cristiano Zanin.
Por outro lado, ministros que foram indicados por Bolsonaro foram contrários a vários pontos: Nunes Marques e André Mendonça.
A defesa de Diego contestou a condenação, alegando que o fato dele estar no local não comprova que o acusado depredou ou cometeu algum crime de fato.
Condenações
Os réus dos crimes de 8 janeiro foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República.
Eles respondem por cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Com esses novos 15 nomes, o STF já condenou 86 réus a penas de até 17 anos de prisão.
Os acusados por crimes mais leves estão fechando acordos com a PGR para cumprimento de serviço comunitário e pagamento de multa.