Após visitar o Egito, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, começa a programação da visita de Estado à Etiópia, nesta sexta-feira, 16 de fevereiro, onde participará da Cúpula da União Africana como convidado. Também estão previstas reuniões e a presença no evento “Financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar: Implementação da Declaração de Nairóbi e resultados da COP-28”.
Lula desembarca em Adis Abeba, capital etíope, na noite desta quinta-feira (15), no horário local (6 horas à frente do horário de Brasília/DF). Na manhã de sexta-feira, sua agenda começa com a cerimônia de oferenda floral em homenagem aos heróis caídos na Batalha de Adwa, ocorrida em março de 1896 entre a Etiópia e a Itália. Em seguida, o presidente visita o Museu Memorial de Adwa.
O líder brasileiro será recebido na Sede do Governo Etíope para a cerimônia de boas-vindas, sucedida por uma reunião ampliada com o primeiro-ministro da República Democrática Federal da Etiópia, Abiy Ahmed. Depois, Lula e Ahmed se reunirão a portas fechadas.
Após o almoço oferecido a Lula pelo primeiro-ministro etíope, o presidente brasileiro continua sua série de agendas em Adis Abeba. O último compromisso previsto para esta sexta-feira é o evento sobre financiamento climático para agricultura e segurança alimentar.
UNIÃO AFRICANA — Além da visita de Estado à Etiópia, o presidente Lula participará da Cúpula da União Africana. A sede da entidade, que se tornou membro oficial do G20 em 2024 com apoio do Brasil, fica em Adis Abeba. Com a participação de dezenas de chefes de Estado e governo na cúpula, o presidente tem convites para diversas reuniões bilaterais, que ainda não estão definidas.
O embaixador Carlos Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, destacou que a Etiópia é um país com o qual o Brasil pode desenvolver um comércio mais forte. “É um país que tem tido um crescimento econômico forte e significativo e é um mercado importante. O Brasil pode se beneficiar tendo uma presença maior na Etiópia”, explicou o embaixador.
Segundo ele, o convite para a cúpula da União Africana pode ser interpretado como um sinal de prestígio, já que na maior parte das vezes apenas os governantes africanos participam desse evento. “É um reconhecimento da prioridade que o presidente vem dando à África em sua política externa”, destacou.