Dizem que em 1982, tempo de estádio cheio, até um OVNI veio dar uma “espiada” no jogo Operário x Vasco
O futebol de Mato Grosso do Sul nos últimos 30 anos é uma pálida sobra do que já foi um dia. Houve um tempo em que as partidas eram tão empolgantes e não faltavam craques nem torcedores – inclusive, de outro planeta, se não estiver mentindo quem testemunhou um fato até hoje não esclarecido.
E o que não falta é testemunha: eram quase 30 mil pessoas naquela noite de 06 de março de 1982, quando o Operário recebeu o Vasco pela Copa Ouro. Aquele ano teve uma particularidade intrigante no Brasil, com a onda de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) que apareceram ou foram vistos em diversos estados. No Carnaval, os radares da Base Aérea de Anápolis detectaram um desses aparelhos a 50 km de Goiânia. Um caça foi ao seu encalço, numa perseguição inútil que acabou a 12 km de altura.
Em Presidente Prudente (SP), um objeto sem forma definida, de luzes multicoloridas, surgiu e desapareceu velozmente, deixando um rastro luminoso. Um controlador da Rádio Patrulha o avistou, assim como os soldados de plantão e funcionários de aeroporto. Mas o que aconteceu em Campo Grande ganhou grandes espaços na imprensa mundial, considerada a aparição assistida pelo maior publico até então.
O ESPANTO
No primeiro tempo do jogo, o árbitro José de Assis Aragão marcou uma falta para o Operário. Antes da cobrança, surgiu um objeto voador, em forma de charuto, com luzes fortes, sobre o campo. Jogadores, arbitragem e todos os espectadores viram o objeto e as luzes. Não entenderam. Foi tudo rápido. Vários jornalistas locais estavam no Morenão e viram o fenômeno, entre eles Paulo Nonato de Souza, o Feijão, da Rádio Cultura; Sílvio Andrade, da revista Placar; Edson Moraes, do jornal Tribuna; e Marco Eusébio, hoje diretor do próprio blog.
Souza contou em entrevista ao CG News: “(…) todas as atenções voltadas para o gramado, quando aparece aquele objeto luminoso sobre o estádio. Surgiu por entre as torres de iluminação e sem fazer nenhum barulho. Foram duas paradas no ar e dois deslocamentos tão rápidos quanto um piscar de olhos num espaço de menos de 200 metros. A primeira parada foi sobre a marquise do estádio, logo que surgiu vindo da direção do Autocine, como quem avaliasse se a expedição valeria a pena, e outra na altura do centro do gramado”.
O agente de serviço noturno da Base Aérea de Campo Grande viu e consultou o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) de Brasília, sendo informado que nenhuma aeronave estava no ar naquele horário. Rosemiro, um dos laterais do Vasco, confirmou: “Fiquei olhando para cima e até me esqueci da partida”. Marco Eusébio disse que o objeto era uma espécie de “bola de fogo grande, semelhante a um cometa, com cauda e pequenas bolas de fogo logo atrás”.
SEM IMAGENS
Outros fortes depoimentos foram dados pelos atletas – como Dudu, Rondinelli e Roberto, do Vasco, e Cocada, do Galo -, além do árbitro Aragão. O pior de tudo: ninguém conseguiu captar uma imagem daquele – aparentemente – disco-voador ou um OVNI, como foi classificado pelo ufólogo J. Gevaerd, já falecido, um dos mais respeitados do mundo. Sílvio Andrade fez a sua matéria para o Placar, que a replicou e ouviu jogadores de outros estados.
O Operário venceu por 2 a 0, com dois gols do atacante Jones. O time local entrou em campo com Carlos Alberto, Cocada, Paulo Marcos, Cassiá e Luiz Cosme; Garcia, Cléber e Pastoril; Arturzinho, Jones e Moisés. O Vasco da Gama com Mazaroppi, Rosemiro, Rondinelli, Ivan e Pdrinho; Dudu, Serginho Carioca e Renato Sá; Wilsinho, Roberto e Cláudio Adão. O árbitro era José de Assis Aragão.
“Dava para você perceber a grandeza da luminosidade, da luz, porque era à noite, não era um jogo à tarde. O facho de luz teve uma amplitude maior ainda, porque estávamos à noite. Tinha os refletores que eram fósforo diante da luminosidade que passou”, contou o ex-lateral Cocada.