Município alega a falta mas, em contrapartida, Estado afirma que não falta insumo
A falta do inseticida UBV, utilizado nos fumacês, desde abril de 2023, dificulta o combate à dengue em Campo Grande. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirma a falta do produto, que não é enviada pelo Ministério da Saúde e afeta todo o país.
Enquanto isso, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirma que não há falta de UBV ou larvicida no Estado. “Atendemos os municípios com bloqueio químico, mas o fumacê só é usado em casos de surtos ou epidemias. Todos os municípios estão abastecidos”, disse o coordenador de vetores.
Na ausência do UBV, o combate à dengue é feito com bombas costais, apenas nos locais com casos notificados. A Sesau justifica que Campo Grande teve um pico de casos até maio de 2023 e depois houve redução. “Recebemos uma quantidade pequena de UBV que é utilizada nas bombas costais. O Ministério da Saúde está contingenciando a entrega do inseticida.”
Corumbá, por outro lado, recebeu duas máquinas para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti. A prefeitura informa que os insumos foram enviados pela Secretaria de Estado de Saúde. Ao todo, foram dois equipamentos tipo “Nebulizador Pesado – UBV montado sobre veículo”, com 400 litros de inseticida Cielo.
Conforme dados são do último boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Corumbá tem 70 casos de dengue suspeitas, até o dia 27 de janeiro.
Mato Grosso do Sul tinha, no mesmo período citado, 1.424 casos prováveis da doença. Desse número, 191 foram confirmados. Os municípios com maior incidência de casos prováveis são Aral Moreira, 224 Costa Rica,120 Paranhos,101 e Sete Quedas, 80.
Apenas nos últimos 14 dias, a cidade de Aral Moreira registrou 144 casos suspeitos. Paranhos, 64, Sete Quedas, 42 e Laguna Carapã, 26. Todas estão classificadas com etiquetas vermelhas, ou seja, alta incidência. Os municípios, exceto Laguna Carapã, também enfrentam aumento no número de casos de chikungunya. Na Capital o cenário da dengue é de 67 casos suspeitos.