Usuários utilizaram o programa do Governo de MS enquanto precisaram
Dona Vera Leite e seu Odair Silva são dois exemplos de pessoas que foram beneficiadas pelo programa Mais Social do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Ambos receberam o auxílio financeiro durante um período de dificuldade, mas, ao ascenderem socialmente, devolveram os cartões.
Dona Vera, de 57 anos, é uma pessoa com deficiência devido a uma paralisia desde seus dois anos de idade. Ela mora com sua irmã e sobrinhos e, durante o período em que recebeu o benefício, o utilizou para comprar alimentos e produtos de higiene pessoal.
“Fazia compra de mercadoria, arroz, feijão e carne. Me ajudou muito [o Mais Social], mas agora não preciso mais”, conta dona Vera.
A irmã de dona Vera ficou doente e, agora, está acamada e com sonda. Mesmo assim, dona Vera devolveu o cartão, pois acredita que não é justo continuar com um benefício do qual não precisa mais.
“Agora que minha irmã ficou doente, os filhos dela estão cuidando dela. Por causa do derrame, ela está acamada, com sonda. Mesmo assim devolvi porque eu sabia que não podia ficar com benefício do governo. É errado né, não é certo isso aí”, afirma dona Vera.
Ela também faz um apelo para aquelas pessoas que não precisam mais do benefício.
“Graças a Deus, muito, muito, muito eu agradeço a Deus isso, que agora sou aposentada e se todos fizessem que nem eu, devolver, se não precisasse né? Se todos fizessem que nem eu fiz, ajudaria outro né?”, reforça.
Seu Odair Silva, de 54 anos, também passou por uma situação difícil antes de receber o benefício do Mais Social. Ele estava desempregado e com sérios problemas de saúde.
“Por causa da doença, né? Doente e não podia trabalhar. Aí eu precisava e não podia vender, se tudo que eu tenho eu fosse vender, seria complicado. As minhas doenças é tudo doença autoimune, doença crônica, é coluna, é psoríase”, explica.
O apoio do Mais Social foi fundamental para seu Odair nos momentos mais difíceis.
“Foi muito bom, foi muito importante, me ajudou muito, porque eu pagava uma cesta básica. Dava para ir controlando, passar fome, necessidade, não passa, porque ajudava muito”, conta.
Ao conseguir um emprego e melhorar de vida, seu Odair decidiu devolver o cartão.
“A honestidade é uma coisa que tem que ter, só que tem muitas pessoas que não tem. Eu fui criado de uma maneira, que meu pai e minha mãe que já foi, me ensinou assim, e eu gosto de ter isso na vida. É o certo né? A gente ser honesto”, afirma.
“Não adianta nada, você melhorou, você arrumou um serviço, se tem um outro meio de ganhar a vida e continuar pegando, sendo que tem outras pessoas que precisa, né? E as vezes tem outas pessoas que precisa, que não tá recebendo o benefício, e as vezes tem outras que já tá com outros meios de ganhar a vida e continua recebendo. Então o certo é devolver, né?”, continuou.
Seu Odair, agora aposentado, finaliza com a certeza de que, caso precise, poderá contar novamente com o apoio do programa.
“A gente não sabe na vida onde a gente vai. Vai que lá um dia, lá na frente, a gente vai precisar disso aí de novo né? Aí eu tenho certeza que se eu for lá, com certeza eu vou ser atendido depois”, afirma.
O exemplo de dona Vera e seu Odair é um exemplo de como o Mais Social pode ser um instrumento de inclusão social e de promoção da mobilidade social. O programa, que atende mais de 54 mil famílias em Mato Grosso do Sul, tem o objetivo de garantir segurança alimentar e proporcionar uma base sólida para que aconteça, de fato, a mobilidade social.
O governador Eduardo Riedel, destacou a importância da devolução dos cartões por parte dos beneficiários que ascenderam socialmente.
“Quando a Vera e Odair devolvem os cartões porque não precisam mais, eles dão um exemplo para todos e oportunizam que outras pessoas em situação de vulnerabilidade entrem no programa. Os programas sociais são importantes para apoiar quem está fora do mercado de trabalho, mas a assistência social não passa só pela transferência de renda, mas por uma política integrada que reflete em uma melhor educação, saúde e segurança e na geração de empregos e qualificação profissional, para dar oportunidade para essas pessoas. Nosso desafio é incluir à vida produtiva, os que estão à margem da nossa sociedade”, afirmou Riedel.